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Já há uma boa quantidade de nomes para o 26º Super Bock Super Rock

Covid-19 a quanto obrigas. Com os festivais este ano cancelados devido à pandemia, as promotoras já começaram a trabalhar e a afinar os cartazes dos mesmos para 2021. No nosso ponto de vista não se trata de adiar pois qos festivais acontecem todos os anos. Vemos isto como um ano de hiato onde muitos terão a hipótese de dar uma limadela extra às arestas. A 26º edição do Super Bock Super Rock já conhece novas datas, mas há algo que vai crescendo com o passar dos meses: a vontade de voltar a celebrar a Música Autêntica é hoje maior do que nunca! A mítica casa do Festival junto à praia do Meco continua pronta para receber 3 dias para sempre, com todos os seus encantos e a sua atmosfera única. Assumindo o compromisso de procurar manter o cartaz, já foram confirmados artistas como os: Foals, Local Natives, Boy Pablo, Kali Uchis, Slow J, Jungle (DJ Set), Brockhampton, Gold Link, A$AP Rocky, Hot Chip, Wire, Son Lux, Ganso e Pedro de Tróia. 


Nos territórios mais alternativos do rock, não há dúvida de que os Foals são uma das bandas mais criativas e estimulantes dos últimos 15 anos. Tudo começou em Oxford, quando Yannis Philippakis (guitarra) e Jack Bevan (bateria), amigos de longa data, decidiram formar mais um grupo, depois do fim de um outro projeto em comum, os saudosos The Edmund Fitzgerald. Andrew Mears (voz), Jimmy Smith (guitarra) e Walter Gervers (baixo) juntaram-se aos dois amigos e assim nasciam os Foals – o nome vem da etimologia do apelido Philippakis. Depois do lançamento do primeiro single, "Try This on Your Piano", Andrew saiu da banda, Edwin Congreave tomou conta dos teclados e Philippakis assumiu o papel de vocalista. Com a formação definida (mais tarde, o baixista Walter também sairia), o passo seguinte foi assinar pela Transgressive Records e lançar "Hummer" e "Mathletics", singles que aumentaram (e muito) o burburinho sobre as qualidades da banda. Em 2008, o disco de estreia, "Antidotes", confirmava essas boas expectativas do público e da crítica. Gravado em Nova Iorque e produzido por Dave Sitek, guitarrista dos TV on The Radio, o disco mostrava uma banda comprometida com a sua própria liberdade. Os registos seguintes, "Total Life Forever" (2010), "Holy Fire" (2013) e "What Went Down" (2015), elevaram a fasquia em termos artísticos e consolidaram a linguagem própria do grupo, entre mil e uma influências. Krautrock, indie rock, dance-punk, math rock, pós-punk e até techno, tudo contribui para um som difícil de categorizar, ora mais livre e experimental, ora capaz de cativar um público cada vez mais alargado. 2019 foi o ano do regresso aos discos, com aquele que é o mais ambicioso de todos os registos da banda. "Everything Not Saved Will Be Lost", uma obra monumental, dividida em duas partes editadas em dois momentos diferentes, mostra uma banda no topo das suas capacidades – "Everything Not Saved Will Be Lost - Part 1" foi nomeado para um Mercury Prize e ganhou o prémio de melhor disco do ano para a revista Q. "Exits" ou "In Degrees" são duas das canções que prometem conquistar o público português no verão de 2021. Os Foals atuam dia 17 de julho, no Palco Super Bock do Super Bock Super Rock. 


Os Local Natives nasceram do encontro entre o guitarrista Ryan Hahn, o cantor e guitarrista Taylor Rice e o teclista Keley Ayer, quando ainda frequentavam a escola secundária de Orange Country nos EUA, e numa altura em que já tocavam juntos em várias bandas punk. Só mais tarde, em 2008, é que a formação ficou completa com o baterista Matt Frazier e o baixista Andy Hamm, contribuições essenciais para a consolidação da linguagem musical da banda. "Gorilla Manor", o disco de estreia, chegou logo depois, em 2009, com o selo da editora britânica Infectious Records. Em 2013, depois da saída de Andy Hamm e da entrada do baixista Nick Ewing, os Local Natives editaram o seu segundo disco. "Hummingbird" é um registo mais sombrio e mais atmosférico do que o disco de estreia. A popularidade da banda não parou de aumentar, assim como o reconhecimento por parte da crítica, completamente rendida à urgência pós-punk que marca algumas das melhores canções deste quinteto norte-americano. No início era impossível não fazer comparações com alguns dos nomes mais fortes da música indie deste século, como Fleet Foxes, Grizzly Bear ou Yeasayer, mas com o passar do tempo os Local Natives conseguiram um lugar só seu, marcado por harmonias inconfundíveis, pela influência da música do continente africano e do Médio Oriente, pela atmosfera dream pop e por uma série de outros elementos que, juntos, fazem dos Local Natives uma das melhores bandas do momento. Em 2016 editaram o seu terceiro disco, "Sunlit Youth". O uso de sintetizadores imprimiu otimismo a este disco, algo que fica bem evidente em temas como "Coins". Três anos depois da edição de "Sunlit Youth", o ano de 2020 trouxe um novo disco dos Local Natives. "Violet Street" conta com a produção experiente de Shawn Everett (Weezer, The War on Drugs) e tem singles tão fortes como "When Am I Gonna Lose You" ou "Café Amarillo". O adiamento do 26º Super Bock Super Rock não fez diminuir a vontade que os Local Natives têm em estar com o público português. E já há nova data para esse encontro: dia 17 de julho de 2021, no Palco EDP do Super Bock Super Rock. 


O rock na sua vertente mais independente continua bem vivo – e a maior prova disso é a qualidade e a autenticidade de artistas como Boy Pablo. Nascido e criado na Noruega, filho de pais chilenos, o jovem Nicólas Pablo Muñoz estudou música na cidade norueguesa de Os, antes de começar a fazer as suas próprias canções, o que viria a acontecer com mais consistência a partir dos seus 17 anos. E esse empreendimento não poderia ter corrido melhor, com a edição de "Flowers" em 2016. Algumas das qualidades que hoje reconhecemos em Boy Pablo já ali estavam bem evidentes: o jeito para fazer canções, as harmonias ricas, e as melodias e letras donas de uma doçura capaz de tocar os corações mais empedernidos. E não demorou até que ficasse associado uma cena de bons músicos adolescentes e a nomes como Clairo, Cuco, Yellow Days ou Rex Orange County. O seu EP de estreia chegou em 2017, editado pela 777 Records e incluía o single "Everytime", que se tornou um sucesso viral em pouco tempo. Entretanto, as coisas começaram a ficar mais sérias para Boy Pablo e o músico formou uma banda que permite ao jovem músico apresentar as suas canções da melhor maneira, também ao vivo – 2018 foi o ano da saída da Noruega, com concertos nos Estados Unidos, no Canadá e também em alguns países europeus. O ano de 2018 também foi o ano do lançamento do seu segundo EP, "Soy Pablo". Os singles "Losing You" e "Sick Feeling" atingiram os milhões de visualizações no YouTube e são a prova de que os adolescentes e jovens de todo o mundo se identificam com a personalidade artística de Boy Pablo. Portugal recebe este jovem talento no verão do próximo ano. Boy Pablo atua dia 17 de julho de 2021, no Palco EDP do Super Bock Super Rock. 


Ao ouvir Kali Uchis, reforçamos a convicção de que a música pop continua bem capaz de nos surpreender e arrebatar. Cantora, compositora, produtora e ainda realizadora dos seus próprios vídeos, não há caminhos fechados para a personalidade artística de Kali. Cresceu na Virgínia, nos EUA, e começou a aprender a tocar saxofone e piano ainda na adolescência. Em 2012 editou a sua primeira mixtape: "Drunken Babble". Nos meses seguintes a sua fama explodiu com singles como "Know What I Want", "Lottery" e colaborações com nomes como Snoop Dogg, Tyler, The Creator e Major Lazer. Três anos depois, em 2015, chegaria o primeiro EP, "Por Vida", com produções de Diplo, Kaytranada e Tyler. Kali faz parte daquele conjunto de artistas da modernidade que parece maior do que os habituais rótulos musicais. Com influências do reggae, do r&b e jazz, Kali é ao mesmo tempo pop e disruptiva. Em 2017 foi nomeada para um Grammy na categoria de Melhor Performance R&B, graças ao tema "Get You", com Daniel Caesar, e para um Grammy Latino na categoria de Canção do Ano, graças a "El Ratico", com Juanes. Depois deste processo de maturação e de consolidação da sua própria linguagem artística, Kali sentiu-se preparada para editar o seu disco de estreia, "Isolation", em 2018. Aclamada pela crítica (8,6 na Pitchfork, cinco estrelas na NME, quatro estrelas na Rolling Stone, Q e The Independent), o disco fez as delícias do público com os singles "Tyrant", com Jorja Smith, "Nuestro Planeta", com Reykon, e "After the Storm", com Tyler, the Creator e Bootsy Collins. E é assim que, no verão de 2021, há mais uma estrela a aterrar em Portugal: dia 17 de julho, Kali Uchis atua no Palco Super Bock do Super Bock Super Rock. 


João Coelho nasceu em Setúbal, filho de mãe portuguesa e pai angolano. Fez-se Slow J para a música, aberto a todas essas influências. Durante a infância e a adolescência andou de um lado para o outro, dentro e fora de Portugal, convocando várias culturas para a sua identidade. Nessas viagens, a música sempre foi a companheira de eleição. Depois de descobrir a sua paixão pela guitarra e pelo Fruity Loops, voou para Londres para estudar engenharia de som. Nesse período, produziu até mais não e esperou pelo regresso a Portugal e pelo encontro com o estúdio de gravação. Entre estúdios profissionais, guest houses e o quarto em casa dos pais, João produziu, escreveu e interpretou os seus dois primeiros registos: "The Free Food Tape", o EP que o colocou no mapa, e "The Art Of Slowing Down", o seu primeiro disco, um dos melhores discos portugueses dos últimos anos. Passados dois anos, 2019 foi a melhor altura para mais um passo, um passo firme chamado "You Are Forgiven". O segundo álbum de Slow J é uma narrativa musical extremamente íntima e autobiográfica que dá a conhecer a labiríntica jornada interior de um ser humano que procura simplesmente ser ele próprio e ser feliz. Inspirada nas experiências reais da vida de Slow J, esta obra foi concebida para converter energia negativa, provocada pela fama e pela culpa, em sucesso privado e aceitação – uma busca por perdão próprio, entre o ruído e o silêncio. "You Are Forgiven" fala tanto aos jovens como aos adultos, convidando todos a não pararem de sonhar e a não deixarem que a ideia de sucesso aos olhos dos outros seja um limite à sua própria procura pela felicidade. Nas palavras do próprio: "ir de viver a vida em que eu devia ser feliz, para viver a vida em que eu sou feliz simplesmente, independentemente da ideia de sucesso dos outros". E será difícil perdoar quem não estiver no próximo Super Bock Super Rock para celebrar as novas canções de "You Are Forgiven", o disco mais recente de Slow J – dia 16 de julho de 2021, no Palco Super Bock do Super Bock Super Rock. 


Os Jungle resultaram do encontro entre dois amigos de infância Tom McFarland e Josh Lloyd-Watson. Os dois moravam perto um do outro desde os nove anos de idade, em Shepherds Bush, Londres, e cedo começaram a partilhar a mesma paixão pela música. Em 2013, essa partilha começou a tornar-se uma coisa mais séria com a criação do projeto Jungle – a partir desse momento a música passou a ser o mais importante para ambos e McFarland e Lloyd-Watson passaram a ser conhecidos apenas como J e T. Nos concertos, os Jungle passaram a ser sete, contribuindo assim para que cada apresentação se tornasse um momento único. O sucesso em estúdio, depois da edição de dois discos incríveis, não impediu que desenvolvessem a sua apresentação enquanto DJ Set, mostrando um autêntico caleidoscópio de influências eletrónicas enquanto sentem como ninguém a pulsação de cada pista de dança, em qualquer lugar do mundo. Na linha da frente da melhor música de dança destes últimos anos, juntamente com nomes como Leon Vynehall, Ben UFO, Midland, Hot Chip, Young Marco, entre outros, os Jungle continuam a fazer magia por onde passam – e já prometeram que vão passar por Portugal em 2021, dia 15 de julho, no Palco Somersby do Super Bock Super Rock. 


Pode parecer estranho que, chegados a 2020, ainda haja um grupo de jovens, interessado em fazer música, a denominar-se a si próprio como uma "boy band". O termo entrou em desuso e hoje pode até ser olhado com alguma desconfiança, mas quando os Brockhampton se assumem como tal, o objetivo é precisamente desafiar esse conceito e todos os preconceitos que ficaram da década de 90. Sendo assim, pode dizer-se que os Brockhampton são a "boy band" de Kevin Abstract, o líder de uma formação que tem de tudo um pouco – uma diversidade que, naturalmente, também se reflete nos ritmos, nas letras e na mensagem que se quer passar. Todos chegavam para formar mais do que uma equipa de futebol: Kevin Abstract, Matt Champion, Merlyn Wood, Dom McLennon, Joba, Bearface, Romil Hemmani, Jabali Manwa, Kiko Merley e ainda os designers Henock "HK" Sileshi e Roberto Ontenient, o fotógrafo Ashlan Grey e o agente Jon Nunes. É preciso recuperar o fôlego depois desta enumeração, até porque é mesmo preciso ter fôlego para acompanhar a energia contagiante dos Brockhampton. Esta aventura começou quando Kevin Abstract fez uma publicação no fórum KanyeLive (de fãs de Kanye West). Ele queria formar uma banda. Recebeu 30 respostas de candidatos e, passados três anos, essa banda já estava a editar o primeiro EP. Na altura assinavam AliveSinceForever e só depois chegariam ao nome Brockhampton. Singles como "Bet I", "Hero" ou "Dirt" foram responsáveis pelo primeiro burburinho, mas nada faria prever o que viria aí. O ano de 2017 trouxe o álbum de estreia, "Saturation", que viria a revelar-se uma trilogia. A produtividade impressionou e a música também, com temas como "Gold", "Sweet" ou "Boggie" a conquistar o coração (e o corpo) dos fãs. Aqui há r&b, rap e até rock alternativo, além de uma grande vontade de dar voz a uma geração. Esses três discos de uma assentada, num só ano, não fizeram com que os Brockhampton abrandassem. O ano de 2018 trouxe "Iridescence" e 2019 foi o ano de "Ginger". Temas como "I Been Born Again" e "If You Pray Right" revelam a mesma energia de sempre, sem medo de ser alternativo, ao mesmo tempo que se conquista o mundo. E conquistar Portugal também continua nos planos da banda: dia 16 de julho de 2021 os Brockhampton atuam no Palco Super Rock do Super Bock Super Rock. 


GoldLink é um dos nomes mais estimulantes e promissores do hip hop feito nos dias de hoje. O rapper norte-americano não perde uma oportunidade de arriscar e de se aventurar por territórios mais alternativos. O jovem D'Anthony Carlos começou por se apresentar como Gold Link James e foi assim que começou a dar nas vistas, partilhando algumas das suas faixas online e garantido desde cedo um bom número de seguidores. Apesar do sucesso, o jovem músico fez uma pausa nesse seu percurso e regressou com toda a força em 2013, já com a assinatura GoldLink. As músicas partilhadas pelo rapper na plataforma SoundCloud eram cada vez mais ouvidas, o que chamou a atenção de nomes como o produtor Kaytranada e o dinamarquês Galimatias. Em 2014 editou a primeira mixtape, "The God Complex", e logo recebeu elogios do público e da crítica, que considerou este registo como uma das melhores mixtapes editadas em 2014. No ano seguinte, começou a trabalhar com o produtor Rick Rubin, uma das influências mais fortes na consolidação da sua linguagem musical e na sua mixtape seguinte: "And After That, We Didn't Talk". O sucesso destes lançamentos fez com que GoldLink assinasse pela RCA, a editora norte-americana que viria a editar o seu primeiro disco, em 2017: "At What Cost". Com as participações de nomes como Wale, Shy Glizzy, Steve Lacy, Jazmine Sullivan, Kaytranada, Mýa, Brent Faiyaz, o disco está fixado na história musical da sua cidade, Washington, DC, e GoldLink parece bem confortável dentro dessa tradição. "Crew", o single do disco, que conta com as participações Brent Faiyaz e Shy Glizzy, foi um sucesso ao ponto de ser nomeado para um Grammy na categoria de Melhor Rap/ Melhor Interpretação. E o Grammy acabaria mesmo por chegar um ano depois, graças à colaboração com Christina Aguilera no tema "Like I Do". O segundo disco, "Diaspora", editado em 2019, tem Pusha T; Tyler, the Creator; Khalid e Wizkid como convidados e é mais uma pérola para ser desfrutada pelo público português, também ao vivo, na 26ª edição do Super Bock Super Rock – e esse encontro está agora marcado para dia 16 de julho de 2021, no Palco EDP do Super Bock Super Rock. 


A$AP Rocky é hoje um dos nomes mais interessantes e disruptivos do hip hop feito em todo o mundo, mas o caminho nem sempre foi fácil para o jovem Rakim Mayers. O pai foi preso quando ele tinha apenas 12 anos e, logo depois, o irmão foi morto bem perto do seu apartamento. Estas foram algumas das feridas que acabariam por influenciar o seu comprometimento com a música e a sua própria personalidade artística – a arte ganhou uma importância central para Rakim. Influenciado pelo estilo sulista dos UGK e pelas rimas dos heróis da sua cidade, o grupo de hip hop "The Diplomats", A$AP Rocky conseguiu erguer-se do seu ambiente em Harlem e mudou-se para New Jersey, onde começou a fazer rap mais a sério. Desde 2007 que faz parte de um coletivo chamado A$AP Mob e foi aí que foi buscar a primeira parte do nome de guerra que acabou por adotar. Pouco depois, alguns dos seus temas surgiram no YouTube e aí começou todo o burburinho à volta do seu imenso potencial. "Peso" e "Trilla" foram algumas das canções que começaram por chamar a atenção do público. Seguiu-se a mixtape "Deep Purple" e mesmo antes de editar o seu disco de estreia, A$AP Rocky já estava nomeado para alguns prémios, como o "BBC Sound of 2012". O disco de estreia, "Long. Live. ASAP", editado em 2013, contou com colaborações de nomes como Santigold, 2 Chainz, Kendrick Lamar e Yelawolf. O segundo disco, "A.L.L.A. (At Long Last A$AP)", chegaria dois anos depois. O disco foi produzido por Danger Mouse e Juicy J, contando com as colaborações de FKA Twigs e Lykke Li. O terceiro disco, "Testing", editado em 2018, junta várias referências além do rap, integrando até alguns elementos da arte contemporânea. Mais ambicioso do que nunca, A$AP Rocky assume-se como um artista capaz de ir além do hip hop, integrando outras artes e formas de expressão, sem nunca negar esse solo no qual estão as suas raízes mais profundas. "Praise the Lord (Da Shine)" (com Skepta) e "Purity" (com Frank Ocean) são alguns dos temas mais fortes do disco. Dia 15 de julho, no Super Bock Super Rock, o público terá a oportunidade de ver ao vivo, este que é, sem dúvida, um dos nomes mais arrojados do hip hop norte-americano. 


Quando o assunto é juntar elementos eletrónicos ao melhor indie rock, é impossível não falar no trabalho dos Hot Chip, a banda de Joe Goddard e de Alexis Taylor. Conheceram-se em 1991, quando frequentavam a Elliott School em Putney, Inglaterra. Nesses tempos partilhavam o mesmo fascínio por nomes como Beastie Boys ou Bill Callahan – e juntar referências tão diferentes nunca foi um problema para os Hot Chip, muito pelo contrário. Apesar desta longa amizade, os Hot Chip só surgiram oficialmente no ano 2000 com a edição do EP "Mexico". Em 2002 editaram "Sanfrandisco E-Pee", um registo que captou a atenção da Moshi Moshi Records, uma editora que viria a lançar o primeiro disco da banda, "Coming on Strong", em 2004. E foi nessa altura que o duo se transformou numa banda com cinco elementos, com as entradas de Owen Clarke, Al Doyle e Felix Martin. Em 2006 editaram o segundo álbum, "The Warning", já com os selos da EMI Records no Reino Unido e da DFA nos Estados Unidos (mais tarde, a Domino Records também entraria em cena). Com influências de bandas como os Talking Heads ou os Pet Shop Boys, este registo foi um enorme sucesso junto do público e da crítica, sendo mesmo nomeado para um Mercury Prize. A banda continuou a desafiar-se nos anos seguintes, correndo riscos e procurando uma linguagem só sua, além das influências mais evidentes. E esse esforço ficou bem evidente nos discos seguintes: "Made in the Dark" (2008), "One Life Stand" (2010), "In Our Heads" (2012) e "Why Make Sense?" (2015). "A Bath Full of Ecstasy", o último disco da banda, chegou em 2019. Com produção de Philippe Zdar (Cassius) e Rodaidh McDonald (The xx, King Krule), este novo álbum traz alguns dos elementos que fazem o sucesso dos Hot Chip: uma certa nostalgia pela pop eletrónica dos anos 80, um gosto por boas canções que também fazem dançar e uma leveza que não implica deixar de dizer coisas sérias. Temas como "Hungry Child" ou "Melody of Love" prometem conquistar o público do Super Bock Super Rock, dia 16 de julho, no Palco Super Bock. 


Diz-se que os Wire são a banda definitiva do pós-punk, graças à sua capacidade de criar canções em que a experimentação e a acessibilidade aparecem em doses perfeitamente equilibradas. Formada no ano de 1976, a banda de Colin Newman, Graham Lewis e Robert Gotobed brotou da cena punk de então, mas sempre pareceu querer ir um pouco mais além. E essa ambição ficou logo evidente na sua estreia. Dar o pontapé de saída de uma discografia com um dos melhores discos de todos os tempos não é para todos – e os Wire conseguiram essa proeza. "Pink Flag", editado em 1977, é um monumento feito de canções breves, diferentes entre si, enigmáticas e heterodoxas mesmo dentro da cena punk. A banda não parou de experimentar nos anos seguintes, de querer fazer diferente, e essa inquietação resultou nos discos "Chairs Missing" (1978) e "154" (1979), também eles obras-primas. Mais frios, com composições mais longas e melódicas, estes dois registos elevaram a fasquia para todos, inclusive para a própria banda, que acabaria por fazer pausas na carreira, tanto na década de 80 como na década de 90, conscientes de que não vale a pena estar na música sem ser para testar limites, os seus e os dos outros. Discos como "The Ideal Copy" (1987) ou "Send" (2003) provam esse compromisso da banda em querer soar sempre diferente a cada álbum, fugindo da zona de conforto e trocando as voltas a quem lhes quer colocar uma só etiqueta. Ao longo dos seus mais de quarenta anos de carreira, os Wire já foram muita coisa, influenciando nomes como Manic Street Preachers, Sonic Youth, R.E.M, Bloc Party, Franz Ferdinand, entre muitos outros. O espírito inquieto da banda ainda se mantém vivo, como facilmente se percebe ao ouvir o seu último disco, "Mind Hive", editado este ano. Há guitarras distorcidas e uma eletrónica ao serviço de canções que têm o charme dos primeiros tempos. Músicas novas, como "Cactused", e os clássicos de uma carreira com mais de quarenta anos farão desta vinda dos Wire a Portugal, no dia 16 de julho, um momento imperdível – e que só poderia acontecer no Super Bock Super Rock. 


Son Lux é o projeto pós-rock do intérprete, músico e compositor Ryan Lott. Lott era o mais novo de três irmãos e passou a infância a andar de um lado para o outro nos Estados Unidos: do Colorado até Atlanta, passando pela Califórnia, houve algo que se manteve sempre na formação deste jovem: o interesse pela música. Entre o jazz e a pop, entre a guitarra e o piano, Ryan foi formando a sua sensibilidade artística, com a dança a ocupar também um papel importante na sua vida, paralelamente à música. Pouco depois começou a aparecer como Son Lux – isto é, a sua voz sobre melodias noturnas e etéreas, inspiradas nos ritmos do hip hop, do rock e até da música eletrónica. Depois da participação no Festival Of Faith & Music, onde atuou ao lado de nomes como Emmylou Harris e Sufjan Stevens, o projeto Son Lux começou a ficar cada vez mais sério para Ryan. Em 2008 lançou o seu disco de estreia, "At War With Walls and Mazes", depois de quatro anos de maturação. Os discos seguintes, "We Are Rising" (2011) e "Lanterns" (2013), confirmaram todas as boas expetativas em relação à capacidade Son Lux criar peças densas, atmosféricas e difíceis de esquecer. Depois destes primeiros três discos e de muitos concertos, aquele que era o lugar de um homem só passou a ser uma banda, com mais dois membros. Os músicos Ian Chang e Rafiq Bhatia passaram a fazer parte do projeto e já assinaram o quarto disco do grupo, "Bones", editado em 2015. Mais ousado do que nunca, o disco revelava uma banda no caminho certo, o caminho do risco e da experimentação. Depois da edição de "Brighter Wounds" em 2018, um registo mais pessoal para Ryan, influenciado pela morte de um amigo e pelo nascimento do filho, os Son Lux continuam a mostrar a sua originalidade ao mundo. E Portugal está lista de destinos para o verão de 2021 – dia 17 de julho no Palco EDP do Super Bock Super Rock. 


Pedro de Tróia já é uma figura ímpar e inimitável no panorama musical português, com uma visão disruptiva, uma extrema habilidade para as palavras e uma voz sempre envolvente. Num processo de reconciliação consigo mesmo, editou em março de 2020 o seu disco de estreia a solo. Depois de encabeçar uma das bandas mais criativas que a música portuguesa conheceu nos últimos tempos, Os Capitães da Areia, o cantor e compositor apresenta-nos agora um incomum e memorável trabalho, repleto de delicadeza e generosidade, com a elegância pop que o caracteriza a servir de fio condutor para uma descoberta que também é nossa. Ao longo de dez canções, oferece-nos muito do que sonhou, do que perdeu, do que aprendeu, e também aquilo por que lutou nos últimos tempos. "Depois Logo Se Vê", com produção e arranjos de Tiago Brito, é de um músico que se dá inteiro e que, dessa forma, consegue fazer um dos melhores discos portugueses do ano de 2020. O suplemento Ípsilon dá a definição perfeita deste registo de estreia de Pedro de Troia: "De um homem em catarse nasceu pop grandiosa". E essa grandiosidade vai poder ser sentida no dia 16 de julho julho de 2021, no Palco LG by Rádio SBSR do Super Bock Super Rock. 


Depois de tomarem o país de rajada em 2015 com "Costela Ofendida", e de cimentarem esse trabalho em 2017 com "Pá Pá Pá", os GANSO regressaram no ano de 2019 com novo lançamento discográfico. "Não te Aborreças" e "Os Meus Vizinhos" foram os primeiros avanços dessa nova etapa. "Não Tarda", o segundo longa-duração do quinteto de rock alternativo lisboeta, foi de novo produzido nos estúdios Cuca Monga, em Alvalade. Este novo disco denota uma maior maturidade no processo de composição da jovem banda, afastando-se dos riffs rasgados que marcavam os dois trabalhos anteriores e deixando espaço para uma abordagem mais contemplativa, assente em cadências mais relaxadas e ambientes mais complexos. Como preparação para o lançamento do novo álbum, a banda juntou-se aos Reis da República para apresentar "EQUINÓCIO", uma digressão nacional conjunta que passou por doze cidades entre abril e junho de 2019. Em 2020, participaram no álbum "Cuca Vida" do Conjunto Cuca Monga, gravado em conjunto pelos artistas da editora Cuca Monga, tais como Capitão Fausto, Luís Severo e Rapaz Ego). E depois destes sucessos, os GANSO prometem conquistar também o verão de 2021, com o concerto de dia 17 de julho no Palco EDP do Super Bock Super Rock. 

Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e até ao final do ano têm um custo de 55€ por dia ou 110€ o passe de 3 dias. Após isso os preços vão variar ligeiramente.