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De Miami a Lisboa a uns tacos de distância

Tudo começou em 2014 num pequeno espaço em Wynwood, o bairro dos artistas em Miami, onde uma multidão fazia fila à porta do novo restaurante mexicano da cidade, criado pelos americanos Sven Vogtland e Scott Linquist, e pelo mexicano Alan Drummond. O sucesso foi tal que cedo abriram outros espaços, em Brickell e Palm Beach. No final de 2018 chegaram ao Principe Real e desde então têm feito furor com a sua onde vibrante e comida caliente.


Falamos do Coyo Taco. Este espaço deve o seu sucesso a todo um lifestyle. Boa comida, boa música e um bom bar a acompanhar. É difícil passar na Rua D. Pedro V e não reparar na porta em azul elétrico, a cor que carateriza a marca e não parar nem que seja à sua grande janela a beber uma boa margarita. O objetivo foi criar uma oferta de comida autêntica, despretensiosa, com um serviço rápido e um ambiente cool. Em suma, rever na marca o espírito de Coyoacán a cidade onde Alan Drummond nasceu e de onde vem o nome Coyo, o bairro mais artístico da Cidade do México, de onde Frida Kahlo é originária. 


A frescura e qualidade dos ingredientes é, desde sempre, o ponto de partida do Coyo Taco. A sua filosofia “todo es fresco”, capta a essência da comida mexicana, sendo uma montra da gastronomia das suas diferentes regiões, ao trazer-nos receitas e confecções autênticas. Mas o segredo para tanta genuinidade está nas tortillas de milho, feitas artesanalmente no restaurante ao longo do dia, para garantir frescura, com recurso a uma prensa manual; sem o uso de máquinas, elas adquirem uma textura muito mais delicada e macia. 


Todo o espaço apela à partilha e diversão. O ambiente é informal, jovem e urbano, com 24 lugares sentados e uma cozinha aberta, onde é visível todo o processo artesanal de confecção de uma tortilla, feita de raiz. A música ambiente, com uma playlist especial, e um bar com uma janela aberta para a rua que serve cocktails, fazem qualquer um ter vontade de pedir logo um sombrero. Fernão Gonçalves, head barman do restaurante Pesca, criou a carta de bar para este espaço. A ideia foi traduzir os sabores mexicanos para o palato português. Margaritas com sal de tajin (malagueta e lima), paleta-rita, margaritas com sabores e paletas (gelados mexicanos), palomas e micheladas compõem parte da carta de bar que se completa com as cervejas Pacífico, Modelo e Allende, os jarritos (sodas mexicanas com sabores) e outras bebidas sem álcool feitas no restaurante, "como é o caso da Orxata e da água da Jamaica, ambas bastante consumidas no México.


Enquanto se estiver a estudar o menu, o conselho da casa é abrir o apetite com o Guacamole Coyo (acompanhado por tortilla chips) e uma margarita. Agora, sim, qualquer um estará preparado para colocar as mãos na massa que aqui os talheres só se usam para as bowls e acompanhamentos!


O difícil vai ser escolher entre as 9 opções de Tacos com Tortillas de milho artesanais e sem glúten, 3 opções de Tacos com Tortillas de trigo, 9 opções de Burritos (Tortilla de trigo, arroz, esmagada de feijão, pico de gallo, queso mixto e queso crema). Há também 9 opções de Burrito Bowls (arroz, esmagada de feijão, pico de gallo e queso crema), bem como 9 opções de Ensalada Bowls (mistura de alfaces, guacamole, sementes de abóbora, queijo, vinagreta de chipotle, pico de gallo) e 4 opções de Quesadillas (4 fatias de tortilla de trigo com queso mixto, pico de gallo, salsa chipotle, coentros, queijo e queso crema).


No meio de tanta tortilla, onde está o recheio? São diversas as proteinas disponíveis, bem como duas opções vegetarianas. Destaque para o clássico Pollo Al Carbon (frango marinado grelhado, queso mixto, pico de gallo), para o Al Pastor (porco marinado, abacaxi braseado, cebola, queijo, coentros, chipotle), para o Alambre (vazia grelhada, bacon, chiles toreados, queso mixto, pico de gallo, salsa fresca, queijo, coentros); não esquecer ainda as Carnitas de Pato (pato confitado Michoacán style, salsa serrano, cebola roxa, queijo, coentros), a Cochinita Pibil (porco assado Yucatán style, achiote, picles caseiros de cebola e habanero, queijo, coentros) e o vegetariano Hongos (huitlacoche, cogumelos de época, queijo, pico de gallo e salsa serrano).


Mas não é tudo. Os mais gulosos podem deliciar-se com os churros polvilhados com açúcar e canela, acompanhados de cajeta e molho de chocolate e gelados de pau, as clássicas paletasde chocolate, dulce de leche, mousse de lima, morango e limão, ananás e hortelã, e manga.


O restaurante está aberto das 12h00 às 24h00 (até à 01h00, de Quinta a Sábado) e não faz reservas por isso é normal ter de esperar um pouco por uma mesa. Como não ficar in love with the Coyo?