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FKJ/Superorganism/Kaytranada e Disclosure no Super Bock Super Rock

O Super Bock Super Rock está de regresso ao Meco para três dias onde a música é quem mais ordena. De 18 a 20 de julho, há música para várias sensibilidades e muitas dessas propostas prometem surpreender o público português. FKJ e Superorganism são dois bons exemplos da onda de criatividade que vai invadir o Meco em julho. Mas não só, a estes dois artistas de excelência junta-se ainda Kaytranada, um dos nomes mais promissores do hip hop e um dos melhores produtores da atualidade, bem como os Disclosure com um Dj set que certamente vai ficar na memória.


Há sons claramente ligados a um lugar – o jazz dos clubes nova-iorquinos ou as vozes fadistas dos bairros de Lisboa –, mas há outro tipo de som que parece vir de uma série de lugares ao mesmo tempo; são músicas com um apelo universal e que vivem sem uma associação direta a um sítio ou a um determinado período histórico. Um bom exemplo deste segundo caso é a arte de FKJ (aka French Kiwi Juice). Vincent Fenton, multi-instrumentista francês, parece ter a banda sonora para vários tipos de situações: uma festa house, Hong Kong, uma roadtrip pela Austrália, um passeio noturno pelas ruas da europa... A música de FKJ não parece estranha em nenhum destes lugares. Tudo começou na adolescência, quando o seu quarto servia de palco para o crescimento de uma personalidade artística realmente cativante. FKJ trabalhou em cinema, cresceu com todas essas experiências e hoje é um dos músicos mais promissores do continente europeu. Em 2012, editou o EP "Time For a Change", revelando um artista empenhado em fazer uma pop cinematográfica e sofisticada. E a verdade é que é mesmo isso que podemos encontrar no álbum de estreia de FKJ, um registo homónimo editado em 2017. Eletrónica, blues, soul, pop são alguns dos ingredientes que fizeram com que este disco fosse um sucesso em todo o mundo, alcançando milhões de audições no Spotify. Um dos mantras para o seu trabalho é a pergunta: "Porque existem fronteiras?" Para já, há uma fronteira que dá uma boa resposta a FKJ: a fronteira portuguesa abre-se para a sua vinda ao Super Bock Super Rock, dia 19 de julho no Palco EDP.


Os Superorganism são um belo exemplo de uma banda que traz consigo o espírito de uma época – a nossa época. Trata-se de um projeto que reúne membros de vários países, do Reino Unido à Austrália, passando pelos Estados Unidos. Este encontro entre talentos deu-se através de fóruns de música na internet, o que diz muito da dinâmica dos Superorganism. Apesar das diferentes origens, o epicentro foi a cidade de Londres, com a sua multiculturalidade e efervescência criativa. Mark Turner (Emily), Christopher Young (Harry), Timothy "Tim" Shann (Tucan) e Blair Everson (Robert Strange) já tinham uma história em conjunto com a banda indie Eversons, e numa viagem ao Japão conheceram Orono Noguchi, que veio acrescentar mais mundo a este projeto. A partir da sua voz e das suas palavras nasceu "Something For Your M.I.N.D.", o primeiro single de sucesso da banda, incluído na banda sonora do jogo FIFA 2018. Entretanto, Ruby e B, cantoras da Nova Zelândia, e Seoul, vocalista sul-coreano, também se juntaram a este super grupo com oito elementos – e já moraram todos na mesma casa, entretanto transformada em estúdio de música, na East End de Londres. As influências passam por nomes como Pavement, Katy Perry, Weezer, Daft Punk ou Kanye West. A música dos Superorganism é feita destas diferentes sensibilidades e de uma paixão em comum pela cultura pop. Deste caldeirão nasce um som de todas as cores, com um toque de psicadelismo e muitos ecos que extravasam a música, deixando espaço para o diálogo com outras expressões artísticas – s m nunca deixar de ser pop, mesmo quando é estranhamente pop. O álbum de estreia, homónimo, saiu em março de 2018 e confirmou as melhores expectativas do público e da crítica, com temas tão fortes como "It's All Good" ou "Everybody Wants to Be Famous". O público português espera-os a 20 de julho do próximo ano, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.


Louis Kevin Celestin nasceu no Haiti e foi criado em Montreal, no Canadá. Hoje é um dos principais talentos do hip hop mundial. É verdade que o nome Kaytranada explodiu para todo o mundo em menos de dois anos, com produções irresistíveis e espetáculos memoráveis, mas este sucesso não é fruto do acaso e não foi construído de um dia para o outro. Kaytranada respira hip hop desde criança, enamorado pela cultura r&b e empenhado em acrescentar o seu nome a uma história cheia de ídolos. Quando o irmão lhe deu a conhecer um software para produzir beats, a sua vida mudou ali, com apenas catorze anos – e todos os sonhos estavam diante daqueles botões. Rapidamente começou a trabalhar como DJ e nunca mais parou de criar. Essa impressionante ética de trabalho garantiu-lhe um beat novo todos os dias e uma série de EPs logo a seguir. O seu som começou a ganhar notoriedade, graças a um talento demasiado evidente e a remixes de clássicos como Missy Elliot, Janet Jackson, TLC e Danny Brown, tendo chegado ainda a abrir concertos para Madonna. Batidas influenciadas por nomes como Dilla, um toque de soul e uma linha de baixo bem identificativa são elementos que explicam o estrondoso sucesso de Kaytranada. Os singles "Free Things In Life" e "At All" conquistaram as pistas de dança em todo o mundo e foram responsáveis por dar impulso à carreira de Kaytranada. O disco de estreia, "99.9%", foi editado em 2016 e contou com as colaborações de nomes como Anderson.Paak, Vic Mensa, Little Dragon, Syd, Craig David, AlunaGeorge e BadBadNotGood. O público ovacionou e a crítica ficou rendida à personalidade artística de Kaytranada, capaz de brincar com diferentes géneros musicais e fazer com que a velha união entre o hip hop e a música de dança pareça mais atual do que nunca. O ano de 2018 trouxe mais um EP, "Nothin' Like U/Chances", e mais algumas boas razões para adorar Kaytranada. Os encantos deste produtor não passam ao lado do púbico português, que está preparado para o receber no dia 19 de julho, no Palco EDP doSuper Bock Super Rock. 


Quando se fala de música house feita na última década, tem de se falar obrigatoriamente de Howard e Guy Lawrence, os irmãos responsáveis pela assinatura Disclosure. Com pais músicos, os dois irmãos aprenderam a tocar baixo e bateria, mas rapidamente se enamoraram por elementos mais eletrónicos e por ritmos como o funk, o hip hop ou o dubstep, influências que viriam a complementar com o estudo de compositores clássicos como Bach ou Claude Debussy. O primeiro single da dupla, "Offline Dexterity", foi lançado em 2010. E, depois da assinatura pela PMR, saíram mais dois singles que colocaram os Disclosure no mapa da música de dança: "Carnival / I Love... That You Know" e "Tenderly / Flow". 2012 foi o ano do primeiro EP, "The Face", marcado pelo popular remix de "Running", de Jessie Ware. Apesar destes sucessos, o primeiro grande hit da dupla foi mesmo "Latch", com a voz de Sam Smith, de pois do qual o terreno estava mais do que preparado para o lançamento do primeiro disco. "Settle", editado em 2013, foi um tremendo sucesso junto do público e da crítica (9.1 na Pitchfork!). "Caracal", editado em 2015, seguiu a mesma tendência de sucesso. Este segundo registo do duo contou com as participações de Sam Smith, Lorde, Gregory Porter, Lion Babe, The Weeknd, Miguel, entre outros, e teve singles do calibre de "Omen", "Holding On" ou "Jaded". Influenciados por nomes como Joy Orbison, James Blake, Burial ou Mount Kimbie, o sucesso dos Disclosure está ligado a uma rara sensibilidade para ler cada pista de dança, usando um conhecimento quase enciclopédico da história da música eletrónica. Assim, cada set dos Disclosure não é apenas uma celebração da vida e das múltiplas cores, mas também de toda uma cultura – aqui há espaço para Chicago House, Detroit Techno, UK Garage ou 2-Step Garage... Depois de uma breve paragem, os Disclosure atacaram o ano de 2018 com o lançamento de singles como "Ultimatum" ou "Moonlight". E esta boa forma vai mostrar-se também no DJ Set que estão a preparar para o Palco Super Bock, no dia 20 de julho de 2019, na próxima edição do Super Bock Super Rock.

Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais com o segundo lote a ter um preço de 58€ a diária e de 110€ o passe de 3 dias. Existe também um fã pack exclusivo FNAC e de quantidade limitada com o valor de 95€.