No que em tempos foi uma tasca portuguesa, nasceu há pouco tempo uma taberna japonesa. No meio do Bairro Alto, a meio de uma escadaria numa das muitas travessas que o atravessam está o Izakaya Tokkuri, uma taberna japonesa genuína e identificável pela sua lanterna vermelha no exterior e pelo acumular de pessoas que aguardam sem hesitar por um lugar onde se sentar.
Não espere um local espaçoso de design moderno, o Izakaya Tokkuri quer recriar o ambiente genuíno, logo, quer-se apertado e barulhento, como são todas as tabernas, com um balcão corrido onde desfilam os pratos e três salas privadas com almofadas e mesas baixas para se sentar como manda a tradição. As duas mesas na esplanada tiram partido do clima ameno de Lisboa. Antigamente apenas os homens frequentavam estes espaços para beber saké, daí que tenham surgido os petiscos para acompanhar a bebida. Só na última década as mulheres e os jovens se atreveram nestes locais que voltaram a estar na moda e se multiplicaram por todo o mundo entre um público heterogéneo, quer nas classes sociais, quer nas gerações.
De decoração simples, todas as paredes são forradas a madeira e entre os bancos ao balcão e o restante espaço, apenas sobra um pequeno corredor por onde os clientes vagueiam para ler o menu. Menu esse que está escrito em ardósias na parede e que é atualizado à medida da criatividade do chef, ou à medida do produto que o mercado disponibiliza.
Eder Haruno Santos, 37 anos, natural de São Paulo é o timoneiro desta taberna. Natural de São Paulo, no Brasil, aos 18 anos preparou uma mochila, colocou-a às costas e seguiu viagem até ao Japão. Não tinha especial interesse na gastronomia, foi à aventura. Durante 15 anos percorreu todo o país, descobriu as diferentes cozinhas e aí começou a trabalhar. Desde lavar pratos nos restaurantes, descascar legumes, até aprender os segredos com os mestres e chegar a chef. Acabou por casar por lá, até que há dois anos decidiu voltar ao Brasil para apresentar a mulher e os filhos à família. Abriu o seu restaurante, hoje às mãos da mulher e ele aceitou o desafio de ficar à frente da cozinha do Izakaya Tokkuri, em Lisboa.
“Gosto de criar novos pratos com os produtos do dia”, diz. Por isso, a ementa está sempre a mudar. “O que distingue os izakayas são os molhos, que aqui são todos confeccionados na casa”, explica o chef Eder Haruno Santos. A acompanhar a refeição, nos izakayas bebe-se saké ou cerveja, a melhor combinação com os sabores apimentados e salgados que caracterizam os petiscos. Esse é um dos pontos fortes da carta, uma panóplia de sakés, mais secos, frutados, encorpados ou leves. Um tasting (3 variedades) custa 15€. Os tokkuri (pequenas garrafas de cerâmica) de 20 cl podem variar entre os 7€ e os 22€.
Mas a bebida só brilha se devidamente acompanhada por um dos pratos que saem com frequência da cozinha de Eder. Espetadas (yakitori), gyosas (ravioli de porco ou camarão), tako dashi tamago (omelete com polvo), sunomono (salada fresca de pepino), kimpira (legumes salteados), ceviche (peixe marinado em limão), yakiniky (carne de vaca fatiada), nama harumaki (rolo de folha de arroz com salmão e legumes), kara age (frango frito), age cheese (tempura de queijo), aguedashi tofu (tofu frito), miso chiro (caldo de soja) ou ramen (sopa com noodles, vegetais, ovo, barriga de porco), são apenas alguns exemplos. O sushi também está presente por uma questão de opção, contudo e apesar de muito bom, não é o que se pretende para uma Izakaya.
Aberto de terça-feira a domingo, entre as 17h00 e as 02h00, o Izakaya Tokkuri tem 21 lugares ao balcão, três salas privadas para sete pessoas cada, e conta ainda com oito lugares na esplanada. O preço médio da refeição é 20€ (sem bebidas).
De que estão à espera?
Fotografia de Duarte Drago |
Não espere um local espaçoso de design moderno, o Izakaya Tokkuri quer recriar o ambiente genuíno, logo, quer-se apertado e barulhento, como são todas as tabernas, com um balcão corrido onde desfilam os pratos e três salas privadas com almofadas e mesas baixas para se sentar como manda a tradição. As duas mesas na esplanada tiram partido do clima ameno de Lisboa. Antigamente apenas os homens frequentavam estes espaços para beber saké, daí que tenham surgido os petiscos para acompanhar a bebida. Só na última década as mulheres e os jovens se atreveram nestes locais que voltaram a estar na moda e se multiplicaram por todo o mundo entre um público heterogéneo, quer nas classes sociais, quer nas gerações.
De decoração simples, todas as paredes são forradas a madeira e entre os bancos ao balcão e o restante espaço, apenas sobra um pequeno corredor por onde os clientes vagueiam para ler o menu. Menu esse que está escrito em ardósias na parede e que é atualizado à medida da criatividade do chef, ou à medida do produto que o mercado disponibiliza.
Eder Haruno Santos, 37 anos, natural de São Paulo é o timoneiro desta taberna. Natural de São Paulo, no Brasil, aos 18 anos preparou uma mochila, colocou-a às costas e seguiu viagem até ao Japão. Não tinha especial interesse na gastronomia, foi à aventura. Durante 15 anos percorreu todo o país, descobriu as diferentes cozinhas e aí começou a trabalhar. Desde lavar pratos nos restaurantes, descascar legumes, até aprender os segredos com os mestres e chegar a chef. Acabou por casar por lá, até que há dois anos decidiu voltar ao Brasil para apresentar a mulher e os filhos à família. Abriu o seu restaurante, hoje às mãos da mulher e ele aceitou o desafio de ficar à frente da cozinha do Izakaya Tokkuri, em Lisboa.
“Gosto de criar novos pratos com os produtos do dia”, diz. Por isso, a ementa está sempre a mudar. “O que distingue os izakayas são os molhos, que aqui são todos confeccionados na casa”, explica o chef Eder Haruno Santos. A acompanhar a refeição, nos izakayas bebe-se saké ou cerveja, a melhor combinação com os sabores apimentados e salgados que caracterizam os petiscos. Esse é um dos pontos fortes da carta, uma panóplia de sakés, mais secos, frutados, encorpados ou leves. Um tasting (3 variedades) custa 15€. Os tokkuri (pequenas garrafas de cerâmica) de 20 cl podem variar entre os 7€ e os 22€.
Mas a bebida só brilha se devidamente acompanhada por um dos pratos que saem com frequência da cozinha de Eder. Espetadas (yakitori), gyosas (ravioli de porco ou camarão), tako dashi tamago (omelete com polvo), sunomono (salada fresca de pepino), kimpira (legumes salteados), ceviche (peixe marinado em limão), yakiniky (carne de vaca fatiada), nama harumaki (rolo de folha de arroz com salmão e legumes), kara age (frango frito), age cheese (tempura de queijo), aguedashi tofu (tofu frito), miso chiro (caldo de soja) ou ramen (sopa com noodles, vegetais, ovo, barriga de porco), são apenas alguns exemplos. O sushi também está presente por uma questão de opção, contudo e apesar de muito bom, não é o que se pretende para uma Izakaya.
Aberto de terça-feira a domingo, entre as 17h00 e as 02h00, o Izakaya Tokkuri tem 21 lugares ao balcão, três salas privadas para sete pessoas cada, e conta ainda com oito lugares na esplanada. O preço médio da refeição é 20€ (sem bebidas).
De que estão à espera?