Pages

Capitão Fausto/Lola Marsh/Ian/Masego/Dream Wife/Paraguaii/Anabela Aya no Super Bock em Stock

Apostado em divulgar algumas das propostas mais originais da atualidade, o Super Bock em Stock assume-se também como uma mostra privilegiada da melhor música portuguesa do momento. Nos dias 23 e 24 de novembro há muito talento português a desfilar na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Os Capitão Fausto, uma das bandas portuguesas mais relevantes da atualidade, escolhem o Super Bock em Stock para apresentar algumas das canções que farão parte do seu novo álbum.


A descrição é simples: "somos uma banda de Lisboa". E essa simplicidade na descrição também fica patente na música. Os Capitão Fausto fazem canções que nos desarmam de tão autênticas e genuínas. A história de Tomás, Salvador, Francisco, Manuel e Domingos tem o seu primeiro capítulo em 2011 com o álbum "Gazela" – aí podemos encontrar a urgência das canções juvenis, os irresistíveis hinos pop que se cantam e que sabem sempre a pouco. Em 2014 chega o segundo disco, "Pesar o Sol", que confirma as melhores expectativas e serve de mote para vários concertos memoráveis nos grandes e pequenos festivais, nos clubes, nos teatros, um pouco por todo o país.
O terceiro álbum surge em 2016, chama-se "Capitão Fausto Têm os Dias Contados" e é, sem dúvida, um dos melhores discos portugueses dos últimos largos anos. São pouco mais de 30 minutos de música e palavras em modo pop, recheados de primor e requinte, e que contam as estórias de vida de cada um dos membros da banda. Os elogios chegam de todo o lado, a crítica fica rendida e eleva-os a voz de uma geração – "Amanhã Tou Melhor" foi seguramente um dos refrões mais cantados no nosso país desde então.
Entretanto, em Dezembro de 2017, os Capitão Fausto estiveram em São Paulo, no Brasil, a preparar o seu quarto álbum de originais. Apaixonados por Cartola, samba e choro, foram ao Brasil apostados em reinventar-se. "Sempre Bem" é o primeiro avanço para "A Invenção do Dia Claro", o novo disco dos Capitão Fausto. Vem aí um álbum com sabor paulista e o Super Bock em Stock é o lugar escolhido para dar a conhecer algumas dessas belíssimas novidades.


Yeal Soshana Cohen nem sequer conhecia o seu futuro colega de banda, Gil Landau, quando apareceu na sua festa de aniversário, em Tel Aviv. Do canto da sala, Yael viu Gil a pegar na guitarra e sentiu que devia acrescentar a sua voz àquele momento. A ligação foi imediata e mantém-se muito forte, até aos dias de hoje. Assim nasceu a dupla Lola Marsh. No início de 2016, surgiu o EP de estreia, "You're Mine". O seu indie pop irresistível, fez com que crescessem em pouco tempo, primeiro online e depois ao vivo, com concertos na América do Norte e na Europa. O álbum de estreia, "Remember Roses", foi editado no verão de 2017 e veio confirmar o talento da banda para fazer belas canções pop, com uma toada melancólica, e ao mesmo tempo otimistas e preocupadas em encontrar beleza até nos momentos mais comuns da vida quotidiana. A crítica ficou rendida a este registo de estreia, graças a temas como "Wishing Girl", "She's a Rainbow" ou "Stranger". Chegou o momento de conquistar também o público português, no Super Bock em Stock.


"IAN - Seguir em frente" - este é o mote da segunda investida do projeto IAN, espelhado nos três temas que ilustram o EP mais recente. O fio condutor é "Spring or Desire" (com o rapper Twezzy) que, tal como a estação do ano, anuncia um redescobrir de sentimentos, de vontades e também do prazer de arriscar. "Stop Stop Never" vinca ainda com mais fervor a estética eletrónica dominante deste projeto, e é um anunciar de intenções, um grito pessoal que não pede desculpa pelo atrevimento de afirmar que desistir nunca é opção. E em "No Name" fala sobre os outros, sobre nós, sobre caminhos que, embora se cruzem, nem sempre convergem. O violino é aqui, tal como na vida de IAN, o seu maior cúmplice. É ele, de resto, que a acompanha profissionalmente, todos os dias, na Orquestra da Casa da Música do Porto. Depois da edição do primeiro EP, e de ter aberto nos Coliseus de Lisboa e Porto os concertos dos The Gift, IAN atuou recentemente no Clube Sixteen Tons, em Moscovo, e no Museu Erarta de São Petersburgo. Como se percebe, no percurso de Ianina Khmelik (IAN) nada foi estático, e é precisamente essa a sua constante: achar que "o resto está sempre por fazer" e acreditar que o caminho é sempre em frente. Já em novembro, esse caminho passa pelo Super Bock em Stock.


Com sangue jamaicano e nome sul-africano (quer dizer bênção), a arte de Masego é, de facto, uma bomba de cultura e de criatividade. A sua música é uma espécie de "TrapHouseJazz", assim mesmo, tudo junto, como o próprio a define, e conta com a influência de nomes como Pharell, Michael Jackson, Jamie Foxx, John P. Kee, Andre 3000 ou Cab Calloway. Apesar de se sentir muito à vontade quando busca inspiração noutras décadas, algo que marca a sua música, Masego é um artista do seu tempo, e, como tal, começou por dar nas vistas no YouTube e no Souncloud, combinando os melhores beats com o som do seu saxofone, e uma voz cheia de alma. E o resultado destas primeiras experiências nas plataformas digitais foi o EP "The Pink Polo", que contou com a preciosa colaboração do produtor texano Medasin e que acabaria por resultar numa digressão que levou Masego a países como o Japão, França, Inglaterra, Alemanha, entre outros. O álbum de estreia, editado em 2018, chama-se "Lady Lady", concentra-se na figura da mulher e de todos os seus encantos, e confirma as melhores expectativas em relação a Masego, revelando um artista sofisticado, eclético e capaz de conduzir o público português por uma viagem musical inesquecível, cheia de jazz e de charme, já marcada para o Super Bock em Stock.


As britânicas Dream Wife querem ser mais do que uma banda: elas querem dar o testemunho de uma maneira de estar na vida. E isso fica evidente pelos laços que unem Rakel Mjöll (voz), Alice Go (guitarra) e Bella Podpadec (baixo). Mais do que virtuosismos técnicos, o que interessa às Dream Wife é criar um mundo que seja só delas e, ao mesmo tempo, fazer o convite para que todos possam entrar e conhecer melhor esse universo pop. Conheceram-se quando as três estavam a estudar artes visuais – um facto que explica a importância dada aos detalhes visuais, tanto nos vídeos como nos concertos, onde nada é deixado ao acaso, o que resulta em espetáculos inesquecíveis. Rapidamente perceberam que havia muita química entre as três, ao ponto de se lançarem à estrada com apenas quatro canções na bagagem. Desde aí, tem sido sempre a somar, tanto em aplausos do público, como elogios da crítica. Assumem-se como uma banda pop, inspiradas por nomes como David Bowie ou Madonna. O álbum de estreia, homónimo, foi editado este ano e é feito de uma energia contagiante que promete conquistar o público português, também ao vivo, no Super Bock em Stock.


Paraguaii é o projeto formado por Giliano Boucinha (guitarra e voz) e Zé Pedro Correia (synths e baixo) – ao vivo a banda apresenta-se também com um baterista convidado. Tal como as origens do país em que se inspiraram, também o som dos Paraguaii pode ser um mistério para muitos. É pós-punk? É space rock? É uma banda rock que sabe dançar? A verdade é que não chegaremos a nenhuma conclusão definitiva, até porque os Paraguaii são tudo isso e até mais. Conhecemos-lhes as origens: encontraram-se em cima de um palco, algo fez faísca e gerou uma ideia. Em 2014, o projeto toma forma a partir dessa mesma ideia. O mês de Dezembro marcou o lançamento de "She"/"Tucano Baby's", single que haveria de dar lugar a um EP, que haveria depois de dar lugar a um álbum, "Scope", editado em 2016. "Dream About the Things You Never Do" é o nome do segundo álbum, difícil de catalogar no que diz respeito ao género musical, mas, certamente, um dos discos do ano de 2017. O melhor mesmo é ouvir temas como "Ancient Gurl" e seguir o conselho da própria banda a propósito da audição do disco: "em vez de o pensarmos, poderemos simplesmente dançá-lo." E o convite fica feito para o Super Bock em Stock.


É certo que o outono lisboeta vai beneficiar do calor da voz de Anabela Aya, uma das mais promissoras da música angolana da atualidade, uma autêntica pérola capaz de reunir na sua voz ecos de afro-jazz, blues, gospel e, claro, das melhores tradições musicais angolanas. Depois de uma carreira longa enquanto atriz, Anabela aventura-se agora na música. O primeiro disco tem o título de "Kuameleli" e foi editado em 2018. Este registo confirma as melhores expectativas em relação ao talento de Anabela, e conta com composições de Filipe Mokenga, Jomo Fortunato, Freddy Mwankié, entre outros nomes fortes da música angolana. Temas como "Oração", "Tia" ou "Teu Nome" provam que o adjetivo "diva" nunca estará datado enquanto existirem vozes e presenças como a de Anabela Aya, uma das maiores promessas da música de expressão portuguesa. "Cantar é a arte de transmitir amor pelo som de uma voz" - diz a própria Anabela. E, no Super Bock em Stock, o espírito vai ser precisamente esse: um momento de partilha em que se deixa "de alegrar só o teu coração para alegrar os outros também."

O bilhete único válido para os dois dias do Festival encontra-se à venda nos locais habituais, pelo preço de 45€ a partir do dia 1 de setembro e 50€ nos dias do Festival.