Descentralização pode muito bem ser a palavra do ano para os grandes grupos de restaurantes em Portugal. Daniel Rente, o fantástico sushimen cujas facas afiadas e afinadas criam tudo o que se degusta nos espaços SushiCafé, assina agora a carta do mais recente restaurante das Docas de Lisboa, o Izanagi. Comida japonesa genuína, onde o sushi não falta, mas os petiscos e a partilha são o forte da casa.
Localizado na zona das Docas, em Alcântara, de frente para o rio e com a brisa do Tejo a fazer-se sentir, este restaurante japonês lidera um movimento para revitalizar esta zona da cidade, com cerca de 60 lugares, entre um interior cool e a convidativa esplanada à beira-rio que nos chama nos dias mais quentes.
Determinado a desmistificar a ideia pré-concebida do que é um restaurante japonês, aqui o sushi e o ramen passam para segundo plano. O Izanagi quebra todas as regras a que nos habituámos nos ‘japoneses’ ao servir, como evidencia o chef, “uma oferta gastronómica genuína, que vai à base do que os japoneses comem não só em restaurantes, como em suas casas, na rua, nas ‘tascas’ japonesas, nos mercados, nas feiras...” Isso mesmo: petiscos e comida de partilha, numa oferta única em Lisboa, que corta com o óbvio.
"Tal como procuramos comida regional portuguesa, o Izanagi oferece o melhor da gastronomia original japonesa. Queremos que os nossos clientes provem a melhor Robatayaki de Lisboa e o melhor Okonomiyaki que alguma vez experimentaram. Tudo através da qualidade dos ingredientes que usamos e da criatividade que impomos em cada prato", afirma Daniel Rente.
A originalidade da cozinha inicia-se com os snacks e saladas: Tori karaage (asas de frango panadas com aioli), Hamachi (fatias de lírio com azeite de trufa), Somen Salad (salada de massa fina e fria com pepino, porco fumado, tomate cherry, Portobello e enoki), e Horenso No Goma Ae (espinafres frescos com molho de sésamo), entre outras tantas opções, óptimos pontos de partida, e de partilha. No capítulo Robatayaki – pratos grelhados no carvão –, o Miso cod (bacalhau grelhado com molho amai miso), é uma das especialidades, ao lado da Buta bara (barriga de porco grelhada com molho BBQ), ou do Tuna (atum grelhado com teriyaki e cebolinho). Qualquer um destes pratos pode ser acompanhado por New potato (batatinha nova com orégãos e alho), ou Izanagi coleslaw (salada de couve com maionese de wasabi, wasabi peas e cherry assado), servidos à parte.
As propostas de Teppanyaki (grelhados na chapa) são as únicas que incluem acompanhamento. É possível escolher entre Gyu (naco de carne grelhado na chapa, chips de alho, batata doce frita e aioli), Ebi (camarões grelhados na chapa, legumes, batata doce frita e aioli) e Tori (frango de campo grelhado, legumes, chips de alho, batata doce frita e aioli). Mais tradicional que o Okonomiyaki não há. A famosa panqueca nipónica (também há quem se refira a este prato como pizza japonesa, graças ao formato) lança-se à conquista dos gostos portugueses e, no Izanagi, é servida com legumes, camarão e queijo, de nome Ebi Cheese; ou com legumes, calamares e camarão seco, a Hot Calamari.
As propostas de sushi vão estar sempre dependentes da sazonalidade dos peixes nacionais. Mas as peças que fazem do SushiCafé o sucesso que é, também têm lugar à mesa. Para quem não dispensa a sobremesa, o Miso cheesecake (cheesecake com caramelo de miso e gelado de maçã verde) e a Freaky Asian Banana (tempura de banana, gelado de baunilha, caramelo de miso, chantilly e m&m’s), são de prova obrigatória.
O Izanagi é um espaço descontraído, em que a experiência é espontânea e sem imposições. Leva-nos além do que esperamos num restaurante japonês e a conhecer algumas sugestões típicas da genuína gastronomia nipónica. Uma visita apenas não chega para provar tantos sabores diferentes. É uma autêntica celebração da comida japonesa sobre o fogo e um restaurante de visita obrigatória.