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Vinhos a não perder.

Ah, a Primavera. As temperaturas começam a subir e os vinhos a refrescar. Brancos, rosés e espumantes começam a entrar e sair dos nossos frigoríficos a uma velocidade superior há até então verificada. Leves, estruturados, aromáticos, ácidos ou gastronómicos. Todos são bons desde que a temperatura esteja no ponto. Partilhamos convosco alguns dos brancos que nos acompanharam e refrescaram este março de quarentena.


Comecemos pelo Alentejo, na casa Morais Rocha e os seus vinhos vibrantes e de fácil palato. Sei lá! Branco, parte com a premissa da frescura e conquista-a logo assim que se serve no copo. Um blend consensual de Antão Vaz, Arinto e Verdelho. Cor citrina brilhante; boa frescura, intensidade aromática e juventude demarcando-se as notas florais, citrinas evoluindo para fruta um pouco mais madura como o pêssego; com uma acidez agradavelmente fresca, um corpo leve, mas bem equilibrado com um final vivo e fresco. Com uma graduação alcoólica de 12,50% é um excelente aperitivo para quebrar gelo, mas também acompanha muito bem peixes grelhados ou pratos com legumes frescos.


Ainda da Morais Rocha e continuando nos vinhos brancos o Herdade dos Veros branco 2019 também nos encheu bem os copos. Desta vez o blend é apenas com Antão Vaz e Verdelho, proporcionando assim algo harmonioso e com uma acidez levemente mais vincada que o Sei lá! Cor citrina; boa intensidade aromática, fresca e rica, fruta madura de qualidade com notas de ananás e maracujá; boa estrutura, bom volume de boca e cremosidade, tudo em boa harmonia com uma acidez fresca resultando num final vivo, longo e palpitante. Quanto à graduação, com 13% de volume vai muito bem fresquinho e a acompanhar por exemplo mariscos ou no nosso caso um polvo à lagareiro.


Vamos agora até à Casa Relvas beber um pouco de um dos vinhos que mais nos surpreendeu nestes últimos tempos. Falamos do Herdade de São Miguel Sauvignon Blanc 2020. Camuflado é o que melhor define este monocasta alentejano com uma uva bastante tropical. Fresco, leve e com uma acidez "au point". Uma agradável surpresa que com os seus 12,50% de volume, acompanha perfeitamente mariscos, peixes grelhados e saladas. Cá em casa bebeu-se com uma típica salada de feijão frade e atum; mas também teria ficado bem com uns ovos mexidos e espargos. Ideal também como aperitivo, a acompanhar uma boa conversa ou até mesmo com sushi.


Finalizamos estas escolhas com bolhas e efervescência. Da casa Morais Rocha um fantástico espumante Herdade dos Veros Brut Nature. De cor citrina clara e reflexos dourados visíveis pelas bolhas finas e contínuas. Aroma frutado com destaque para a fruta branca, maçã e especiarias doces trazendo complexidade com as leves notas tostadas. Na boca revela-se extremamente fresco e encorpado, apresentando sabores intensos e complexos e com um final muito persistente. Com a Páscoa à porta é o parceiro ideal para o leitão, mas também fica bem com peixes gordos grelhados ou no forno, como o caso do pregado.

Bons brindes.