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O Poke

Falar de Kiko Martins é sinónimo de falar de qualidade e inovação. Não que seja o único a fazê-lo na nossa cidade, mas garantidamente é o pioneiro em muitos conceitos que hoje se vêm um sucesso. Vejamos o caso d' A Cevicheria no Principe Real onde trouxe a frescura do Perú até Lisboa, ou n' O Talho em São Sebastião que trouxe na altura o que faltava a Lisboa para os "meat lovers", ou até n' O Watt, onde de acordo com as tendências de uma alimentação mais saudável, apresenta pratos livres de gorduras, frituras e açucares, mas cheios de corpo e de sabor. O seu mais recente projeto segue também a tendência do saudável. Peixes, crus, frescos e sabores que só o seu génio culinário conseguem atingir. Prontos para conhecer O Poke?


É no mais recente food court de Lisboa, no Gourmet Experience do El Corte Inglés, que Kiko Martins, juntamente com outros Chefs portugueses e espanhóis, decidiram unir forças e abrir sete espaços distintos de modo a poderem oferecer um pouco de tudo não só aos clientes da superficie comercial, como a todos os que lá se desloquem. Mas vamos falar um pouco mais do seu espaço. Mesas para dois, mesas para quatro e o tradicional balcão a completar uma sala ampla de um food court que partilha paredes com os restantes espaços. Motivos tropicais nos azulejos que adornam uma das paredes, cadeiras e candeeiros de bambo para nos remeter até à praia e uma brisa que se fará sentir, lá mais para o verão, quando a esplanada estiver aberta.



A carta, tal como já é habitual nos seus espaços chama à partilha. São onze as opções salgadas e duas as sobremesas à escolha. Para começar somos brindados por uns spring rolls de porco preto e camarão, um momento surf & surf também já característico dos espaços do Chef. O ceviche puro de peixe branco da época também é uma escolha possível, mas os quatro tipos de Poke existentes são o créme de la créme da carta.


Puro, com atum, sésamo e abacate para manter a receita original; de salmão para um toque tropical com a manga, a pitaia, o caju e o puré de cenoura; de vieiras e beterraba em texturas, com tapioca de avelã, para um twist elegante; e por último de polvo assado com kimchi, puré de brócolos, rebentos de soja e bimi, para um toque oriental. Difícil é saber qual escolher.


Menu que se preze tem de ter pelo menos uma opção quente e n' O Poke estas são duas. Uma fantástica espetada de camarão com arroz tom yum, onde a envolvência do côco e da papaia verde nos transportam até à Ásia, com um toque especial spicy vindo do arroz, mas sem afugentar as papilas mais sensíveis ao condimento; e uma picanha à havaiana acompanhada por batata doce, ananás e sal vermelho.


Para aqueles momentos em que só apetece mesmo trincar algo, as opções são três. Taco de atum e shitakes com ponzu, taco de salmão e yuzu com wasabi e uma fantástica mini sandes de barriga de porco com bife de camarão e pão de matcha, a qual éramos capazes de comer em todas as refeições, aliás, pensando bem o Chef Kiko bem que podia pensar em abrir um espaço onde só sirva estas deliciosas sandes que se devoram em três tempos, mas cujo sabor permanece o dia todo.


Nas sobremesas, algo soft como um banana bread, com tapioca, sorvete de manga e frutas tropicais, ou algo intenso e cheio de sabor como o vulcão havaianao, onde um cremoso de chocolate negro, uma espuma de goiaba e um crumble de maçã, são envolvidos num pós de framboesa. A sobremesa perfeita para os verdadeiros gulosos.


Claro que o cocktail de assinatura não podia faltar. Servido num copo estilo tiki, o aloha é composto por gin, goiaba e lima. Textura e frescura necessária para acompanhar praticamente todos os pratos. Fica a sugestão.