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O Ato - Sentai-vos que a refeição está a começar.

É em plena baixa pombalina, no recém aberto Hotel O Artista que se encontra o restaurante O Ato. De porta aberta para o Largo do Regedor na Rua Portas de Santo Antão, este restaurante é o palco ideal para uma refeição que nos vai surpreender e fazer querer voltar.



Que corram os panos que a peça está prestes a começar. De decoração simples e cosmopolita, à entrada damos logo de frente com o bar que serve de apoio. A sala não é grande mas é o suficientemente espaçosa para nos sentirmos à vontade. Como encenador está Pedro Almeida, um jovem chefe cheio de talento e já com uma boa escola no seu curriculum. Como atores principais estão os pratos por si criados e os vinhos que lado a lado os acompanham. Nós, os espectadores somos o juízo final desta trama que é um verdadeiro regalo ao nosso palato.



Ato 1. Sentados à mesa começam por chegar os amuse-bouche que nos afinam os sabores e nos levam a perceber desde o primeiro mastigar que estamos perante uma cozinha com grande foco na portugalidade, mas que bebe um pouco por aqui e por ali de um toque asiático. Ao fim ao cabo é neste registo que Pedro tem feito a sua carreira e sempre bem sucedido. Os pratos que marcaram a sua infância também estão presentes, bem como as tradições e influências que cada membro da sua equipa traz.



Ato 2. As entradas são como o nome indica a maneira indicada de se começar a refeição. À disposição temos um tártaro de carapau de Arte Xávega com uma textura de gaspacho alentejano e salada de pepino; um berbigão à “Bulhão de Pato” com caril verde e cebola frita; um escabeche de pato com vinagre envelhecido da Bairrada e ligeira mousse de foie-gras; e por último umas ambas “à Guilho” com um twist asiático.



Ato 3. Chega a altura de provarmos os pratos principais e aqui a oferta alarga horizontes. Pratos de peixe, pratos de carne e opções vegetarianas constam do menu. Abóboras assadas, caril vermelho, kimchi e avelã; e grossa de beringela com pimentão, chili e creme fraîche são opções fantásticas para quem não consome proteínas animais. Do mar, uma fabulosa massada de garoupa com berbigão da costa e salada do mar, ou a apanha do dia no carvão com funcho assado e laranja. Coelho selvagem, eucalipto, cepas e maça em conserva, ou vazia nas brasas com molho asiático, cebolas assadas e mandioca, satisfazem os desejos dos carnívoros. Como alternativa, o ravioli de rabo de boi com puré de tupinambur, presunto e cogumelo da temporada é um prato que marca muitos pontos.



Ato 4. A coroação de uma boa refeição passa sempre pela sobremesa e aqui Pedro e a sua equipa apostam numa doçaria que não deixará ninguém indiferente. Panacota de pipoca com caramelo salgado; abade de priscos com citrinos e ananás dos Açores; mousse de soro de leite de cabra e ginjas macerado e tarde de maracujá com lima e coco com sorbet de manga picante fazem as delicias dos mais gulosos.



Para além das opções da carta existe também um menu de degustação composto por 7 momento com um valor de 55€ por pessoa (bebidas não incluídas). O Ato propõe ainda diariamente um “Menu Express” servido à hora de almoço e destinado a pessoas que queiram ter uma boa refeição, mas não disponham de muito tempo. É neste menu, que diariamente um novo prato se junta aos 3 disponíveis todos os dias. “É a forma que temos de ir testando novos sabores, sempre com a mesma qualidade e criatividade do Chef Pedro Almeida”, referem os responsáveis de O Ato. O Menu Express é servido de segunda a sexta-feira e inclui prato e bebida por 15€/pessoa.



O Ato é um restaurante num Hotel, mas não é um restaurante de Hotel. Está aberto a todos nós. Brevemente terá uma acolhedora esplanada ideal para um petisco ao fim de tarde ou até mesmo para um bom jantar numa noite quente. O preço médio ronda os 30€ por pessoa e pratica uma cozinha justa e honesta. As vossas reservas podem ser feitas para o 211 166 099 ou para geral@oato.pt .

Bom apetite.