Se ao passarem na Rua do Salitre virem um sapo vermelho na parede e um botão que diz “press for cocktails”, não pensem duas vezes e carreguem no mesmo. Caso haja lugar, a porta abrir-se-á e a partir desse momento é como se regressássemos aos início do século XX, altura da lei seca nos EUA. Speakeasies era o termo usado para os bares clandestinos e é esse o ambiente recriado no Red Frog.
Claro que falar do Red Frog atualmente é falar de excelência, mas o que é certo é que mesmo a excelência pode ser superada. Após um 2017 de ouro onde foram considerados o 92º melhor bar do mundo, sendo o primeiro bar em Portugal a conseguir entrar neste ranking, em 2018 a nível internacional as coisas não foram tão famosas e deixaram de estar presentes no mesmo ranking. Contudo, lutadores que são, não baixaram os braços e continuaram a evoluir de uma forma natural e gradual, apresentando agora uma carta baseada em clássicos mas com o toque único que só eles sabem dar. Efetivamente não inventaram a roda, mas é certo que a meteram a rolar melhor.
The Modern Speakeasy vol.2 é o nome da nova carta, carta essa que apresenta uma grande novidade. Pela primeira vez, inclui cocktails sem álcool, os chamados mocktails, e seis Highballs, opções com pouco álcool para se desfrutar sem pressas nem pressões. “O novo menu reflete a maturidade dos Red Frog, a segurança nas nossas escolhas, e a evolução no processo criativo da equipa. Os novos cocktails são esteticamente mais simples, mas intrinsecamente mais complexos na sua elaboração. Através de um processo de “desconstrução-reconstrução” com técnicas modernas de laboratório e de cozinha, pretendemos ajustar e modernizar sabores para um palato contemporâneo e diferenciado,” afirma Paulo Gomes, um dos co-fundadores do Red Frog.
Entre outras novas criações, a carta inclui o “ALMA”, Cardhu 12 Whisky, Horácio Simões Moscatel Roxo Armagnac, amêndoa, málico e bacon, uma versão moderna do clássico French 75; o “BUBBLE\B”, Ducasse Grey Goose Vodka, Star of Bombay Gin, Martini Ambrato, Banana verjus, vinagre de coco e Blanc de blanc, um twist de uma Paloma; o “EL MURO”, Curado Cupreata, Tequila, Siete Mistérios Doba-Yej Mezcal, pimento, toranja e ancho e o “NAKED COLLINS”, Naked Grouse Whisky, Noix & Cacau Nib Liqueur, aveia, alho negro, folha figo, feno, uma reinterpretação de um Collins.
Tudo isto pode parecer muito simples mas é fruto intenso de quatro anos de dedicação, pesquisa constante e alquimia, sim, estes senhores foram abençoados pelo toque de Midas e tudo onde metem a mão, sai ouro.