De regresso à música que o faz sentir-se bem, Nick Murphy retomou o aclamado projeto Chet Faker em outubro de 2020, após um hiato de seis anos. O resultado é Hotel Surrender: um álbum de 10 faixas compostas e produzidas pelo próprio que reintroduz linhas de baixo poderosas e melodias eletrizantes.
Acerca do álbum, Nick Murphy refere que "houve muitos fatores fortes que me fizeram mudar de perspectiva. De facto, pensei na música sob uma luz diferente e, agora, vejo isso como uma espécie de terapia. Acho que costumava ver isso como uma situação difícil, como se estivesse numa cruzada ou numa odisseia criativa. Agora vejo como algo mais xamanístico. Temos de encontrar alguma luz - ou às vezes escuridão, aquilo que for - e partilhá-la. Percebi que era esse o coração do projeto Chet Faker. Senti que o mundo estava a sofrer e pensei que podia contribuir um bocadinho para tentar dar um pouco de alegria às pessoas".
Antes do lançamento do álbum, chega Whatever Tomorrow, o single mais recente de Chet Faker. Numa linha semelhante aos singles antecessores, Low e Get High, Whatever Tomorrow é uma continuação dos movimentos fluídos da alma de Murphy. Após um ano de incertezas devido à pandemia, Murphy encara de frente a ambivalência do nosso futuro. Desde uma introdução falada, passando pela produção lenta e enérgica e indo até aos vocais inconfundíveis, a faixa está repleta de DNA Chet Faker. Como uma aceitação e rendição ao futuro, o videoclipe reflete estes temas com Murphy a aparecer num televisor com imagem granulada em tecnicolor, que pode assemelhar-se a um cenário intergaláctico.
Estando ligado à BMG desde o ano passado, Nick Murphy - criado em Melbourne e a morar em Nova Iorque - apresentou o primeiro single do novo álbum - Low – sendo o primeiro lançamento de Chet Faker desde 2015, seguindo-se Get High, que contribuiu ainda mais para a projeção do artista. Até ao momento, os dois singles acumularam mais de 11 milhões de streams apenas no Spotify, conseguiram centenas de inserções em playlists na Apple Music, Spotify e Amazon Music e chamaram a atenção em todo o mundo, incluindo referências na Rolling Stone, Hypebeast, NME, Uproxx, Consequence of Sound, entre outras.
O projeto Chet Faker de Nick Murphy nasceu em 2012 com o EP Thinking in Textures, sagrando-o como Artista Revelação do Ano e Melhor Single/EP Independente nos AIR Awards. No ano seguinte, a sua cover da música No Diggity, dos Blackstreet, teve uma grande projeção no Super Bowl de 2013. Em pouco tempo, o álbum de estreia de Chet Faker, em 2014, Built on Glass, chegou ao primeiro lugar do top ARIA australiano e apareceu três vezes no top dez do triple j's Hottest 100. O álbum chegou a disco de platina e valeu a Murphy cinco ARIA Awards, nomeadamente, Melhor Artista Masculino, Melhor Lançamento Independente, Melhor Artista de Cover, Engenheiro do Ano e Produtor do Ano.
Em 2016, Nick Murphy revelou que no trabalho seguinte usaria o seu nome verdadeiro, sob o qual lançou o EP Missing Link, em 2017, o álbum, em 2019, com grooves pop e eletrónicos marcantemente mutantes, Run Fast Sleep Naked, e o sublime disco instrumental Music For Silence, em março de 2020, uma coleção de ambientes que estreou na app dedicada ao sono e à meditação, Calm.