O que é preciso para se beber um bom vinho? Verão, amigos, tempo livre, boa disposição? Seja qual for a justificação acho que não é preciso pensar muito na hora de se abrir uma garrafa para degustar. Partilhamos convosco algumas das quais temos aberto nos últimos tempos e que nos têm deixado satisfeitos.
Começar em grande é começar com tintos da Quinta do Pôpa. Contos da Terra 2016 e Pôpa Black Edition 2015: de anos e com perfis diferentes, são estes os mais recentes tintos lançados pela duriense Quinta do Pôpa, situada em Tabuaço. O ‘Contos da Terra tinto 2016’ respira o Douro e é um vinho versátil, jovem, fresco e de aroma frutado, para se beber diariamente. Mais elaborado, o ‘Pôpa Black Edition tinto 2015’ é um vinho de conforto, quente, que promete fazer reviver o charme das lareiras e o prazer da literatura, mas igualmente convidativo numa mesa repleta de boa gastronomia. O ‘Contos da Terra tinto 2016’ é um tinto jovem cor vermelho rubi e com um aroma a frutos vermelhos ligados a uma frescura atribuída pela menta. Na boca, a entrada é macia e cremosa, elegante e de tanino suave. O final é guloso e apetitoso e, por isso, versátil e extremamente gastronómico. O ‘Pôpa Black Edition tinto 2015’ é um néctar de cor vermelho rubi, com um aroma limpo e intenso caracterizado, no início, pela fruta madura e um leve final tostado, marcado pelas especiarias. No palato, denota uma entrada suave, mas volumosa. O tanino cremoso ligado a uma suave frescura persiste na boca até ao final, onde se encontra o sabor da fruta fresca, tornando este num néctar guloso. Com respetivamente 12,5% e 13,5% de volume alcoólico estes vinhos são ótimos para acompanhar grelhados, assados, petiscos casuais ou conservas ao final do dia.
Um dos Sauvignon Blanc mais premiados no Chile, o Casas del Bosque Sauvignon Blanc Reserva 2017 é a proposta ideal para os dias quentes e compridos que se aproximam. Produzido no Chile a partir de uma fantástica colheita noturna de 2017, o Casas del Bosque Sauvignon Blanc Reserva 2017 é um vinho fresco, elegante e estruturado que surpreende pelo aroma e sabor. A colheita de 2017 caracteriza-se por um toque de espargos, marmelo e um toque floral que lembra pêssego branco. No nariz predominam notas intensas de limão, goiaba e sal marinho, com um toque de fumado. Na boca, sabores intensos de toranja, em sintonia com estrutura muito mineral e acidez fresca. O final é largo e limpo. Sabores característicos do verão como ostras, mariscos, vieiras, cheviches, peixes gordos (atum, salmão e cavala), peixes magros (dourada, pregado, salmonete, carapau), sushi, charcutaria, queijo Chèvre ou requeijão DOP, queijo feta, risotto de espargos, assim como sobremesas frescas, de fruta, com gelado de manga ou limão harmonizam, na perfeição com os seus 13,6% de volume, tornando-se assim as combinações ideais paar degustar este néctar.
Da Casa Ferreirinha, um tributo a Dona Antónia. Estão ai os Casa Ferreirinha Antónia Adelaide Ferreira Tinto 2014 e Casa Ferreirinha Antónia Adelaide Ferreira Branco 2015. “Estamos perante dois vinhos de qualidade superior, de grande complexidade e elegância, na esteira das anteriores edições exclusivas desta referência que se tornou mais um motivo de orgulho para a Casa Ferreirinha”, afirma Luís Sottomayor, Diretor de Enologia da Sogrape no Douro. O tinto produzido a partir de uma criteriosa seleção das melhores uvas das propriedades da Sogrape na região e beneficiando das mais evoluídas soluções tecnológicas das adegas da Quinta da Leda e da Quinta do Seixo, revela-se capaz de conquistar os apreciadores mais exigentes, habituados aos elevados padrões de qualidade dos topos de gama da marca. O branco demonstra ser mais uma prova cabal da excecional qualidade que pode ser alcançada em brancos do Douro. Produzido a partir de uvas selecionadas da Quinta do Sairrão – Arinto e Viosinho em percentagens semelhantes –, este vinho beneficia da acidez conseguida a partir de castas plantadas a elevada altitude, proporcionando uma experiência cativante de aromas intensos e complexos a frutos brancos de caroço e frutos secos, como a avelã. Com respetivamente 14% e 13% de teor alcoólico, recomendamos os branco para as entradas e o tinto para todo o resto da refeição, podendo muito bem continuar a ser bebido após esta terminar.
"La vie en Rosé" e a prova que estes vinhos são cada vez mais uma tendência de mercado. Da Quinta de La Rosa chega o Rosé 2017. O enólogo Jorge Moreira viu-se “forçado” a desenhar um vinho rosado com uma tonalidade mais pálida, mas sem perder o seu carácter de terroir. O Quinta de La Rosa rosé 2017 revela-se vinho com uma bonita cor salmão. No nariz sobressai o aroma floral, fresco e muito delicado. Na boca denota boa fruta, com destaque para as notas de groselha. É muito suave e leve, harmonioso e elegante. No fundo, é a expressão do terroir duriense e o par ideal para este Verão! Este rosé alia a frescura à estrutura, tendo uma boa amplitude na hora de o consumir. Os seus 13,5% de volume enganam bem com um sabor que não se fazem notar. Ideal para consumir como um aperitivo refrescante ou à mesa, com saladas, peixes magros e carnes brancas.
Fresco e leve é como se apresenta o Fiuza Riesling. A casta mais nobre da Alemanha, dá origem a vinhos elegantes e ricos, com aroma e sabor distinto. Floresce mesmo em solos secos e rochosos, contudo, para atingir o seu esplendor necessita de sol. O Fiuza Riesling é um vinho produzido 100% a partir da casta Riesling plantada junto ao rio Tejo, que se apresenta com uma elegância marcante, graças à sua distinta acidez. De cor citrina e aroma a damasco, com um ligeiro toque de fumado, Fiuza Riesling exibe um paladar fresco com notas a maça verde e minerais. Final de boca complexo, persistente e com acidez marcada. Com apenas 12,5% de volume este vinho é uma excelente opção como aperitivo e também para acompanhar peixe grelhado, marisco, carnes brancas e pratos picantes.