Pages

Barca Velha 2008 - Saber esperar para criar um vinho mítico.

Acabou a espera, já foi apresentada a 18ª colheita de Barca Velha, o Ferrari dos vinhos. Baco só é considerado o Deus Romano do vinho porque o mestre Fernando Nicolau de Almeida não coexistiu na mesma altura que ele. Foi em 1952 que o mestre Fernando deu vida pela primeira vez a este néctar divino. 64 anos depois é apresentada a 18ª colheita gerada a partir da vindima de 2008.


Na Casa Ferreirinha é tempo de emoções fortes. A paciente espera valeu a pena. A hora da celebração chegou finalmente, para dissipar todas as dúvidas e incertezas. O mais aguardado vinho português vê agora a luz do dia, para deleite dos mais exigentes apreciadores que valorizam um vinho único, emblemático, digno de uma nobre tradição mantida há 64 anos no Douro Superior. Uma história brilhante e sem concessões, assente na experiência e na inovação, mas sobretudo na procura constante de máxima qualidade. Para a equipa de enologia da Casa Ferreirinha, desde 2008 liderada por Luís Sottomayor, é tempo de um especial empolgamento. A maturada decisão de lançar um novo Barca Velha veio premiar oito anos de cuidado e emotivo trabalho, sempre na busca das provas irrefutáveis das valências de equilíbrio, elegância, delicadeza e complexidade que fazem deste vinho um verdadeiro ícone. Uma decisão tomada sem pressas nem pressões, uma opção apenas assumida quando se confirma inatacável. É este um segredo que faz a força do Barca Velha.


Mas, qual foi o momento mágico que determinou a certeza de que teríamos um Barca Velha 2008? Luís Sottomayor revela uma história curiosa: “Faz agora um ano, fui caçar à Ilha Terceira e pediram-me para organizar um jantar vínico. Foi provado um Quinta da Leda 2008 e a evolução evidenciada por este vinho durante essa prova veio solidificar a minha convicção, de que viríamos a ter um Barca Velha do mesmo ano.” Importa dizer, no entanto, que se aquele momento, nos Açores, terá sido decisivo, as expectativas sobre um Barca Velha 2008 mostraram-se fortes desde muito cedo e foram-se reforçando ao longo do tempo. “A vindima foi desde logo muito prometedora e a nossa experiência, consolidada ao longo de muitos anos, sinalizou que estávamos perante um conjunto de características excecionais, próprias de um Barca Velha”, recorda Luís Sottomayor. Hoje, o enólogo chefe da Casa Ferreirinha não esconde a satisfação pelo resultado alcançado: “Estamos perante um Barca Velha para conhecedores e apreciadores, um vinho que demora a revelar-se. É preciso tempo e paciência para desvendar tudo o que vale. E é muito!”, conclui. 


De cor rubi de boa profundidade e um aroma intenso de excelente complexidade, com saliência para os frutos vermelhos vivos e especiarias como pimenta e cravinho. Revela também aroma balsâmico e a cedro, bem como resina e caixa de tabaco. Sentem-se notas de espargos e alcachofras, e algum sous-bois. A madeira de excelente qualidade apresenta-se em boa harmonia com o conjunto de aromas. Na boca mostra um excelente volume, acidez viva e taninos intensos, revelando notas de frutos vermelhos, pimenta, cravinho e gengibre. O seu final é extraordinariamente longo, elegante e harmonioso. Chega ao mercado em novembro e estará distribuido por 18.000 garrafas numeradas.