Parece mentira, mas já faz um mês que terminou a temporada do Brunch Electronik Lisboa. A festa que nos acompanhou durante 14 semanas já deixa saudades e para combater as mesmas, partilhamos uma conversa que tivemos com o JEPE, num dos domingos de festa na Tapada da Ajuda.
JEPE é português e natural de Aveiro. A sua carreira começou no ano de 1994 na rádio, mas rapidamente cresceu dentro dela a curiosidade de pesquisar e mergulhar no mundo da música eletrónica. Essa curiosidade fez com que conseguisse a sua primeira residência na Estação da Luz em 1997. De residente a booker foi apenas um passo. Responsável por trazer muitos bons nomes da cena underground a Portugal, o passo seguinte foi tornar-se produtor onde tem trabalhos publicados por editoras como a Get Physical, Brown Eyed Boyz, e na Blossom Kollektiv que detém juntamente com um amigo. Residente em Berlim, veio até ao Brunch Electronik mostrar a fibra de que é feito e trocou algumas palavras connosco.
- O que é para ti ser Dj e como defines essa palavra?
Paixão. Paixão pela música. Para mim começou por acaso, começou na rádio e depois acabou por ser um acaso: uma festa académica, que passou para um clube numa cidade onde eu morava e acabei por ficar. Basicamente ter gosto e paixão pela música é o mais importante.
- Qual a tua reação quando foste convidado a fazer parte do cartaz do Brunch Electronik Lisboa, o que achas deste conceito?
JEPE é português e natural de Aveiro. A sua carreira começou no ano de 1994 na rádio, mas rapidamente cresceu dentro dela a curiosidade de pesquisar e mergulhar no mundo da música eletrónica. Essa curiosidade fez com que conseguisse a sua primeira residência na Estação da Luz em 1997. De residente a booker foi apenas um passo. Responsável por trazer muitos bons nomes da cena underground a Portugal, o passo seguinte foi tornar-se produtor onde tem trabalhos publicados por editoras como a Get Physical, Brown Eyed Boyz, e na Blossom Kollektiv que detém juntamente com um amigo. Residente em Berlim, veio até ao Brunch Electronik mostrar a fibra de que é feito e trocou algumas palavras connosco.
- O que é para ti ser Dj e como defines essa palavra?
Paixão. Paixão pela música. Para mim começou por acaso, começou na rádio e depois acabou por ser um acaso: uma festa académica, que passou para um clube numa cidade onde eu morava e acabei por ficar. Basicamente ter gosto e paixão pela música é o mais importante.
Foi uma felicidade enorme. Eu não moro em Portugal e no último ano não vim a Portugal então quando houve esta oportunidade não hesitei. O conceito é excelente, é aquilo que define um pouco Lisboa e Portugal, que o que temos para dar não é só clubes mas também outros conceitos noutra natureza, e Portugal é muito bom a organizar festivais, eventos e coisas deste género, comparado com o que tenho visto por toda a Europa, acho que somos mesmo dos melhores, isto falando sinceramente.
- Tocar ao ar livre e de dia é muito diferente do que tocar à noite num Club. Qual a principal diferença e como preparaste o set que vais tocar hoje?
Eu nunca preparo muito os meus sets. Eu gosto muito de nos sets fazer uma pequena viagem e como é de dia gostava de começar com umas coisas mais calmas e acabar com uma coisa mais club, vamos ver se resulta, mas acho que está toda a gente bem disposta, e as pessoas aderem com facilidade.
- Como é que achas que está o panorama da música eletrónica a nível mundial?
- Como é que achas que está o panorama da música eletrónica a nível mundial?
A nível mundial está bem, acho que Lisboa também está muito bem, o Porto também está bem, ao contrario do resto do país que não está nada bem. A cena eletrónica a nível mundial cresceu muito, teve uma fase mais popular e agora acho que está a voltar, não digo ao underground, mas mais ao puro, a quem gosta e quem aprecia e não por ser pop ou por ficar bem, acho que é uma coisa cada vez mais pessoal e vêm-se festas cada vez com mais pessoal e com pessoas mais velhas e pessoas que apreciam e gostam mesmo desta onda. É assim em todo o lado, claro que depende dos países mas as pessoas acompanham. Depende dos frutos da informação, as pessoas acompanham tudo o que se passa em todo o lado. Os Djs que estão aqui hoje e estão amanhã do outro lado do mundo portanto há um circuito internacional muito bom na eletrónica.
- Imagina que te convidavam a fazer o line-up de uma das festas do Brunch Electronik Lisboa, quem escolherias e porque?
O Roman Flugel, era uma das minhas escolhas que eu gosto muito dele, e continuo sempre a dizer que é um dos meus Djs preferidos. Como eu moro na Alemanha, puxo mais para os Djs alemães que eu gosto mas que já acabam por andar aí no circuito. Depois convidaria nomes desconhecidos. Eu não quero dizer "um nome" mas há muita gente e não são necessariamente só produtores, que não estão num circuito, numa rotina internacional, mas que eu considero que deviam circular mais, apesar de que este circuito é mesmo muito pequeno. Eu não me considero dentro dele, embora continue a tocar pelo mundo, só lá entras depois de atingires certo estatuto e isso é que é difícil. Contudo acho que há muita gente a tocar localmente e bem que deveria circular mais e mostrar ao mundo como se faz em cada um dos seus países, assim como os Buraka conseguiram exportar o kuduro e Lisboa para o mundo. Essas eram as minhas escolhas.