Há experiências que nos perduram na memória por muito tempo. Parece que foi ontem, mas já fez duas semanas que nos sentámos à mesa do Restaurante Eleven para colocarmos um ponto final na digressão de 2017 da Rota das Estrelas. Este evento gastronómico que arrancou na Madeira, no Funchal, em março, terminou no passado dia 11 em Lisboa da melhor maneira possível.
Funchal, Montemor-o-Novo, Barcelona, Porto, Leça da Palmeira, Rio de Janeiro, Sintra, Albufeira e Lisboa, foram os locais por onde a Rota teve as suas paragens. Nove locais, doze jantares e tudo terminou nas mãos do Chef Joachin Koerper e dos seus convidados. Vitor Matos (Restaurante Antiquum, 1* Michelin, Porto), Rui Silvestre (Restaurante Bon Bon, 1* Michelin, Carvoeiro) e Luís Pestana (Restaurante William, 1* Michelin, Funchal), foram as restantes seis mãos presentes nesta verdadeira chuva de estrelas. Oito mãos, seis pratos, com direito a uma pré sobremesa e os petit fours como extra, tudo isto numa refeição devidamente bem regada com os melhores vinhos nacionais e internacionais.
Funchal, Montemor-o-Novo, Barcelona, Porto, Leça da Palmeira, Rio de Janeiro, Sintra, Albufeira e Lisboa, foram os locais por onde a Rota teve as suas paragens. Nove locais, doze jantares e tudo terminou nas mãos do Chef Joachin Koerper e dos seus convidados. Vitor Matos (Restaurante Antiquum, 1* Michelin, Porto), Rui Silvestre (Restaurante Bon Bon, 1* Michelin, Carvoeiro) e Luís Pestana (Restaurante William, 1* Michelin, Funchal), foram as restantes seis mãos presentes nesta verdadeira chuva de estrelas. Oito mãos, seis pratos, com direito a uma pré sobremesa e os petit fours como extra, tudo isto numa refeição devidamente bem regada com os melhores vinhos nacionais e internacionais.
Mas vamos por partes. A abrir as hostes chega pelas mão de Joachim Koerper, um fantástico carabineiro cozinhado a preceito e devidamente acompanhado por caviar, ostra e uma emulsão que se não nos falha a memória era de marisco, tudo isto harmonizado por um flute de champanhe Pommery Brut Apanage, da zona de Reims em França. Seguiu-se a entrada. Pelas mão de Vitor Matos chegou um prato que foi um dos grandes ex-libris da noite: Foie gras, enguia fumada, moscatel do douro, balsâmico velho, pinhões, beterraba, sabugueiro e flores. Pode parecer que são ingredientes a mais, mas na realidade é um prato bastante equilibrado, onde o fumado da enguia contrasta em pleno com a gordura do foie gras, onde a doçura do moscatel se encaixa no avinagrado do balsâmico e onde os sabores a terra dos pinhões e da beterraba se deixam envolver pelos sabores florais do sabugueiro e das flores. No copo, um Riesling Spatlese 2014 da região de Pfalz na Alemanha.
Seguiu-se a vez de Rui Silvestre mostrar os seus dotes e homenageando a região algarvia. No prato foi servido, em dois momentos, um salmonete com texturas de cebola e choco grelhado. Primeiro, uma tigela com o choco grelhado, devidamente picado em cubos e envolto na tinta do mesmo. Depois um filete de salmonete au point, emulsão de cebola, texturas de cebola, tiras de choco grelhado e uma ligeira fatia de muxama para arrematar, tudo isto servido com um Paulo Laureano Private Selection 2016, um alentejano robusto e cheio de caráter. Toda a finesse gastronómica chega no prato seguinte. Joachim Koerper volta à mesa para nos trazer um clássico cheio de ingredientes de luxo. Lavagante com risotto de spaghetti a la carbonara e trufa branca de Alba. Não há palavras para descrever tamanha envolvência num prato que não nos importávamos de comer todos os dias. No copo e como não podia deixar de ser um vinho da Borgonha. Pernand-Vergelesses 1er Cru En Caradeux, foi a escolha do sommelier.
Luís Pestana é o último chef a apresentar a sua proposta. No prato de carne chega-nos um borrego assado e confitado, couscous da madeira cremoso e molho de maracujá com quattre épices. A carne devidamente bem cozinhada e no ponto perfeito, uns couscous que bem podiam ser um risotto, e o maracujá bem presente, trazendo um pouco da Ilha da Madeira até ao nosso palato, mas sem que este se sobrepusesse aos restantes ingredientes. Para acompanhar um Piorro Reserva 2011, um tinto robusto do Douro.
Eis a altura do momento doce e para limpar o palato chega a já famosa "laranjinha". Uma esferificação de kumquat cheia de frescura e de sabor cítrico. Para terminar e como não podia deixar de ser chega uma obra de arte da pastelaria. Chocolate em texturas, avelã, folha de ouro, tudo envolto e montado numa composição que até deu pena desmanchar, mas que valeu a pena por cada dentada dada: o ferrero do Eleven. No copo, outra beleza, um Rozés Vintage de 1998 do Douro.
Infelizmente esta refeição não se irá repetir, mas a Rota da Estrelas estará de volta em 2018 e nós iremos estar aqui a falar dela. Entretanto não deixem de conhecer os restaurantes dos intervenientes desta refeição digna de deuses para comprovarem por vocês mesmo algumas das iguarias que aqui foram faladas.
Seguiu-se a vez de Rui Silvestre mostrar os seus dotes e homenageando a região algarvia. No prato foi servido, em dois momentos, um salmonete com texturas de cebola e choco grelhado. Primeiro, uma tigela com o choco grelhado, devidamente picado em cubos e envolto na tinta do mesmo. Depois um filete de salmonete au point, emulsão de cebola, texturas de cebola, tiras de choco grelhado e uma ligeira fatia de muxama para arrematar, tudo isto servido com um Paulo Laureano Private Selection 2016, um alentejano robusto e cheio de caráter. Toda a finesse gastronómica chega no prato seguinte. Joachim Koerper volta à mesa para nos trazer um clássico cheio de ingredientes de luxo. Lavagante com risotto de spaghetti a la carbonara e trufa branca de Alba. Não há palavras para descrever tamanha envolvência num prato que não nos importávamos de comer todos os dias. No copo e como não podia deixar de ser um vinho da Borgonha. Pernand-Vergelesses 1er Cru En Caradeux, foi a escolha do sommelier.
Luís Pestana é o último chef a apresentar a sua proposta. No prato de carne chega-nos um borrego assado e confitado, couscous da madeira cremoso e molho de maracujá com quattre épices. A carne devidamente bem cozinhada e no ponto perfeito, uns couscous que bem podiam ser um risotto, e o maracujá bem presente, trazendo um pouco da Ilha da Madeira até ao nosso palato, mas sem que este se sobrepusesse aos restantes ingredientes. Para acompanhar um Piorro Reserva 2011, um tinto robusto do Douro.
Eis a altura do momento doce e para limpar o palato chega a já famosa "laranjinha". Uma esferificação de kumquat cheia de frescura e de sabor cítrico. Para terminar e como não podia deixar de ser chega uma obra de arte da pastelaria. Chocolate em texturas, avelã, folha de ouro, tudo envolto e montado numa composição que até deu pena desmanchar, mas que valeu a pena por cada dentada dada: o ferrero do Eleven. No copo, outra beleza, um Rozés Vintage de 1998 do Douro.
Infelizmente esta refeição não se irá repetir, mas a Rota da Estrelas estará de volta em 2018 e nós iremos estar aqui a falar dela. Entretanto não deixem de conhecer os restaurantes dos intervenientes desta refeição digna de deuses para comprovarem por vocês mesmo algumas das iguarias que aqui foram faladas.