Já falta pouco para que a Avenida da Liberdade e zonas redundantes se encham de festivaleiros sedentos por boa música. Cada vez mais a ganhar forma, o Vodafone Mexefest não para de anunciar nomes para um cartaz que durante dois dias vai por Lisboa a Mexer.
Nem todos acreditariam no enorme sucesso dos Orelha Negra, uma banda de hip hop sem vocalista. Felizmente, a melhor música só obedece a uma fórmula: talento e trabalho. João Gomes, Francisco Rebelo, Fred Ferreira, DJ Cruzfader e Sam The Kid provam isso mesmo, formando um quinteto de luxo, responsável por algum do melhor, mais arrojado e mais bem sucedido hip hop produzido em Portugal. Hip hop, soul e funk são os territórios mais evidentes da música dos Orelha Negra, mas há muito mais, há uma imensidão de preciosos detalhes que fazem a diferença na construção de uma música que quer mais do que entreter – quer construir narrativas, criar imagens quase cinematográficas na cabeça de quem ouve, preservar a memória da música feita pelos outros, no passado. Nada disto impede que esta música seja também um irresistível convite à dança. De facto, nos concertos dos Orelha Negra todo o corpo é convidado a embarcar numa viagem inesquecível. E uma dessas viagens está já marcada para novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa. Os Orelha Negra trazem um novo disco na bagagem, editado em setembro passado, e também homónimo. Estão prontos?
Quando nasceram em Manchester no ano de 2007, os Everything Everything já eram uma banda ambiciosa, com vontade de produzir um som futurista, em sintonia com um mundo em mudança. Nos primeiros tempos a vida de estrada exigia da banda um som mais punk e direto, mas não demorou muito até que Jonathan Higgs, Jeremy Pritchard, Michael Spearman e Alex Robertshaw concretizassem essa ambição, encontrando uma linguagem muito própria, onde indie rock, R&B, dream pop e até rock progressivo são influências que não se atropelam. Depois de três discos bem recebidos pelo público e pela crítica (com nomeações para o Mercury Prize, por exemplo), os Everything Everything acabam de lançar "Fever Dream". É mais um disco desconcertante, com letras aguçadas e sintetizadores usados com a mestria de sempre.
É difícil falar de música eletrónica em Portugal sem referir o nome de Moullinex, o alter ego do viseense Luís Clara Gomes. Assume-se, cada vez mais, como umas das mentes mais irrequietas e criativas do panorama musical português, convidando vários géneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB, tudo serve para enriquecer a eletrónica de Moullinex. Remisturas de nomes como Röyksopp e Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club são um dos fatores que explicam a fama internacional do músico português, requisitado para atuar nos palcos de todo o mundo. Sendo um talento irrequieto, Moullinex divide o seu tempo entre vários projetos: em conjunto com Xinobi é também responsável pela editora Discotexas, que pretende dar a conhecer a melhor música eletrónica que se vai fazendo em Portugal. Em nome próprio, e depois de dois discos aclamados pela crítica, "Flora" (2012) e "Elsewhere" (2015), Moullinex regressa agora com "Hypersex", um registo que presta homenagem à cultura de dança. "Open House", "Love Love Love" e "Work It Out" são alguns dos temas novos que vamos poder ouvir em novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa.
A britânica Jessie Ware deixou o jornalismo para se dedicar à música. Começou por emprestar a sua voz em concertos do cantor inglês Jack Peñate. E não demorou muito até começar a colaborar com o projeto eletrónico SBTRKT, com quem editou o single "Nervous". O sucesso desta e de outras colaborações valeu alguns passos importantes na carreira de Jessie Ware. Em 2012 editou o primeiro disco, "Devotion". Com ele chegou o sucesso de temas como "Running" ou "Wildest Moments" e a nomeação para vários prémios, como o Mercury Prize. Depois de ter corrido o mundo com "Devotion", Jessie regressou aos discos em 2014. "Tough Love" foi mais um sucesso entre o público e a crítica, mostrando que se pode juntar o melhor da música pop com um universo mais alternativo. "Say You Love Me", feita em colaboração com Ed Sheeran, é um dos pontos mais fortes do disco. Jessie Ware sente-se confortável entre a pop e a soul (muitos já catalogaram como neo soul), mas isso não a impede de continuar a arriscar, desafiando-se a si própria e convidando outros géneros musicais para a sua música (notam-se influências do trip hop, por exemplo). O novo disco, "Glasshouse", editado na última sexta-feira, dia 20, confirma que Jessie é uma artista mais empenhada na própria música do que na manutenção de um qualquer estatuto de diva. "Midnight" e "Selfish Love" são algumas das boas novidades com que Jessie Ware promete prender o público.
Os passes únicos para o Festival encontram-se à venda nos locais habituais, e agora também na App Vodafone Mexefest, com desconto para clientes Vodafone. Têm um preço único de 45€ até ao dia 23 de novembro, passando a custar 50€ nos dias do festival.
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