É no Sotavento Algarvio que se encontra um refúgio onde a paz de espírito reina, e onde não só se respeita a herança cultural, humana e natural do ecossistema que a envolve, como também a elogia e enaltece todos os dias. Esse sítio é a Companhia das Culturas.
Ecoturismo sustentável e orgânico, a abeirar a Reserva Natural de Castro Marim. O cenário que a sustenta e rodeia é de luxo, mas não aquele ao qual estamos habituados a associar tal palavra quando pensamos em alojamento turístico: são 40 hectares de pinheiro manso, cortiça e alfarroba, damasco e figo, oliveira e laranjeira. A 1,5km da Praia Verde, a 4km da vila histórica de Castro Marim e a 6km da Reserva Natural da Ria Formosa, a Companhia das Culturas é um espaço feito por pessoas, para pessoas. A sua matriz é dar, receber e retribuir, e as relações humanas são privilegiadas, desde a arte de bem receber os hóspedes, à dignidade e preferência atribuídas aos produtores locais.
Os anfitriões são Eglantina Monteiro e Francisco Palma Dias. Ela correu o mundo, é antropóloga e desenvolve um trabalho curatorial que interpela objetos e estéticas de universos culturais distintos, e em diferentes instituições. Ele, introduziu o yoga em Portugal no fim dos anos 70 e foi o mentor de restaurantes com cozinhas orgânicas de ligação nipónica em articulação com a dieta portuguesa.
Este Ecoturismo nasceu da vontade de ambos em não deixarem morrer a história presente nos mais de 1500 m2 da antiga Casa Agrícola da família de Francisco, que ao longo de cinco gerações contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento da pequena aldeia de São Bartolomeu e das suas gentes. As mesmas que hoje fornecem os seus produtos à Companhia das Culturas, num perpetuar do elogio ao que é regional como fonte de sustentabilidade local.
Seis quartos, 3 suites, um restaurante de onde saem ovos com espargos bravos, charcutaria da serra, queijos frescos de cabra, sumos naturais com fruta colhida no pomar, bolos caseiros e muito mais coisas que fazem as delicias dos hóspedes; uma biblioteca, com particular incidência nos ecossistemas, geografias, gastronomia e arte, um bar de amigos e uma sala de convívio. Da enorme garagem da máquina debulhadora fez-se a surpreendente Cork Box, onde é agora possível desfrutar de sessões de yoga, pilates ou tai chi no ecossistema da cortiça. E no jardim, uma piscina exterior de água salgada faz as honras da casa o ano inteiro.
Mais recentemente, um ovil foi transformado em 4 elegantes apartamentos, 1 térreo (antigo lagar de azeite) e 3 duplex, e num hamam único, que oferece a possibilidade de tratamentos com óleos essenciais feitos a partir das plantas que nascem na serra de entre Mértola e Alcoutim.
Sem televisão, nem música ambiente, a Companhia das Culturas proporciona estadias ímpares de contemplação, recolhimento, partilha e relaxamento. E dá hoje as boas vindas a quem quer desfrutar da tal magnitude do tal tempo que passa sem pressa.