O Palco LG by Rádio SBSR continua a ser o palco, por excelência, da nova música nacional do Super Bock Super Rock. Já na 24ª edição, o Festival dá espaço aos novos valores e a talentos reconhecidos da música portuguesa, que vão mostrar ao vivo no o que de melhor se está a fazer na nova música em Portugal, dentro de estilos tão diversos como o rock, o hip hop, o punk, a música eletrónica e psicadélica, e ainda os melhores escritores de canções.
Todas estas mais-valias vão estar reunidas no Palco LG by Rádio SBSR, por onde vão passar: os míticos Pop Dell’Arte, que continuam a ser uma referência para muitos novos talentos da música nacional; o projeto Mirror People de Rui Maia, a ditar as coordenadas da música eletrónica do primeiro dia do Festival; Luís Severo, já eleito um dos escritores de canções mais aplaudidos da nova música portuguesa; a criatividade arrojada e feita de experimentação dos bracarenses Ermo; o super grupo do rock, shoegaze e psicadelismo, Keep Razors Sharp; a dupla improvável do Porto, Sunflowers, a representar o rock a puxar para o punk; a pop onírica de Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo, feita de melodias difíceis de resistir; Virtus, uma das grandes esperanças do hip hop, vindo do Porto; e o encontro orgânico do punk, garage e pop, a sonorizar as temáticas queer de Vaiapraia e as Rainhas do Baile.
Mirror People surgiu no imaginário de Rui Maia no meio da América, durante uma tour com a banda X-Wife. Imaginou-o como um projeto com um universo musical que juntasse influências do “disco-sound” dos anos 70 com os sons atuais da música de dança. Depois do sucesso do álbum de estreia “Voyager”, um disco com várias colaborações, Rui Maia convidou o vocalista Jonny Abbey para gravarem juntos o seu sucessor: “Bring The Light”, o segundo longa duração de Mirror People, que foi editado em 2017 e que confirma as melhores expectativas em torno deste projeto.
Natural de Lisboa, mas criado entre o Alentejo e o Algarve, Filipe Sambado começou por estudar teatro, mas rapidamente percebeu que a música era a sua paixão. Cresceu entre o hip hop e o rock anglo-saxónico, tendo sentido sempre uma grande necessidade de se expressar. Foi membro dos Cochaise e é baterista da banda Chibazqui. Enquanto produtor, trabalhou com artistas como Éme, João Coração e Cão da Morte. Depois da trilogia de EPs “Isto é Coisa Para Não Voltar a Acontecer”, “1234”, e “Ups…Fiz Isto Outra Vez”, lançou em 2016 “ Vida Salgada”, um disco ágil que nos fala de paixões, anseios e incertezas. Em Março de 2018, presenteou-nos com o disco obrigatório “Filipe Sambado & Os Acompanhantes De Luxo”. O primeiro single “Deixem lá” já faz sucesso entre o público e mostra-nos que Filipe Sambado nunca se esgota.
Vaiapraia e as Rainhas do Baile é um trio punk empenhado em criar imagens poéticas através de canções pop sinceras e imediatas. O disco de estreia, “1755” é fruto de um trabalho de simbiose em banda, que mereceu uma festa de lançamento esgotada na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e destaque em publicações como o Público, a Time Out ou a Blitz. Esta é uma música que por vezes nos anima e apela à acção, e por outras nos leva no caminho errante do desejo. Para além da lírica explícita e honesta a que alguns alinham com a tendência musical a que se dá o nome de queercore, o trabalho do trio extravasa essa categoria adoptando, por exemplo, tanto a energia do garage rock, como a da pop de pastilha elástica.
Quem já os ouviu, não tem grandes dúvidas: os Ermo são um dos projetos mais arrojados da nova música portuguesa. A dupla de Braga deu os primeiros passos em 2012, com o lançamento de um EP homónimo. No ano seguinte, editaram o seu primeiro longa duração. “Vem Por Aqui” foi elogiado pela crítica e garantiu a presença da banda em vários palcos europeus e brasileiros. Difícil de catalogar, a música dos Ermo é influenciada por diferentes géneros, desde o hip hop ao pós-punk. E essa aventura musical tem um novo capítulo: “Lo-Fi Moda”, editado em 2017. Apostado em criticar a vaidade e o narcisismo destes tempos de domínio digital, o disco já conquistou o público e a crítica – cinco estrelas foi a cotação atribuída pela Blitz e pelo Expresso. “crtl + C ctrl + V”, o single do disco, revela essa vontade de experimentar, sem perder um irresistível apelo pop.
Primeiro sob o signo O Cão da Morte e agora em nome próprio, Luís Severo tem deixado a sua marca na música portuguesa graças a canções imaculadas – clássicas, por um lado, mas por outro, profundamente identificadas com uma geração. Em 2015 editou “Cara d’Anjo”. Aclamado pela crítica, este registo foi considerado um dos melhores discos do ano por algumas das principais publicações portuguesas. Também o público ficou rendido ao disco, como provam as boas reações nas redes sociais e nos concertos que deu em vários auditórios municipais. Em 2017 regressou aos discos com “Luís Severo”, uma viagem emocional pela cidade de Lisboa. “Amor e Verdade” e “Olho de Lince” são dois exemplos da boa forma do jovem músico português.
João Rodrigues, mais conhecido por Johnny Virtus, nasceu em Miragaia, no Porto. Entre as paredes do quarto banhadas a rimas, sob escuta permanente de hip hop nacional, passou rapidamente da guitarra clássica para os beats, e em 2008 estreou-se com o EP “Introversos”. Quatro anos depois chegou “UniVersos”, o primeiro longa duração editado meses antes do disco de instrumentais “Se Eu Fosse”. As suas influências são muitas e atualmente está “encharcado” de black music da cabeça aos pés. Tem insónias com Luiz Pacheco e Herberto Helder, mas é habitualmente socorrido por Nas, Sam The Kid, Biggie Smalls, Tom Jobim, Vinícius ou João Gilberto. Ao longo da carreira colaborou como MC e produtor em projetos de diversos artistas, alguns dos quais cúmplices do seu percurso: Mundo Segundo (Dealema), Maze (DLM), Capicua, Berna, Serial (Mind da Gap), entre outros. O novo disco está quase aí, com data prevista de lançamento para 2018.
Os Pop Dell’Arte são uma aventura musical inaugurada por João Peste e Zé Pedro Moura (além de Ondina Pires e Paulo Salgado) em 1985, e vencedora do prémio de originalidade do 2º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous nesse mesmo ano. Defendendo sempre a transgressão enquanto valor artístico fundamental e a necessidade de amar as contradições, ao longo de três décadas os Pop Dell’Arte gravaram discos tão importantes como "Free Pop" (1987), “Sex Symbol” (1995) ou “Contra Mundum” (2010). Em 2018, com uma formação que integra o baterista Ricardo Martins e o guitarrista Paulo Monteiro (no projeto desde 1994) para além de João Peste e Zé Pedro Moura, os Pop Dell’Arte regressam com um álbum novo, “Transgression Global”, que inicia uma nova fase na vida de uma das bandas mais surpreendentes de sempre do panorama musical português.
Os Keep Razors Sharp são Afonso (Sean Riley & The Slowriders), Rai (The Poppers), Bráulio (ex-Capitão Fantasma) e Bibi (Pernas de Alicate, entre outros). Com uma sonoridade entre o psicadelismo, o shoegaze e o pós-rock, os dois singles de estreia “I See Your Face” e “9th”, tornaram-se imediatos sucessos radiofónicos, além de também terem recebido vários elogios por parte da crítica. Em 2014 editaram o álbum de estreia, o homónimo “Keep Razors Sharp”. “Always And Forever” é o single que antecipa o próximo disco dos Keep Razors Sharp, com edição prevista para 2018. Após o sucesso do álbum de estreia homónimo e de singles como “By The Sea” ou “The Lioness”, a banda regressa agora com temas que seguem a mesma linha de “psicadelismo” e “guitarras sonantes”.
O Porto sempre foi uma cidade marcada por ter muito (e bom) rock. E assim continua, como prova a banda Sunflowers. Este duo, formado em 2014, ainda não parou de fazer música, com uma ética punk adaptada ao século XXI: fazer e lançar na internet, para o mundo ouvir. Nós agradecemos. Em 2016 gravaram o primeiro disco: “The Intergalactic Guide To Find The Red Cowboy”. Está lá tudo o que interessa: muita distorção, a urgência do punk, canções diretas ao assunto e um subentendido elogio do mosh. Mas o conselho dos próprios Sunflowers é para que não compliquemos: “Somos uma banda rock e tocamos música rock para pessoas que gostam de ouvir música rock e assistir a concertos de música rock.” Vamos a isso, então.
Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais nos seguintes preços e modalidades. Até 30 de junho o passe de 3 dias tem o custo de 109€, os bilhetes diários de 55€, sendo que o Fã Pack exclusivo da FNAC custa 95€ (passe de 3 dias). A partir de 1 de julho o valor aumenta para 114€ nos passes de 3 dias e para 60€ no bilhete diário. Não percam.