Olhão, terra de pescadores e de gentes ligadas ao mar. Pessoas simples e humildes cujas vidas continuam a dedicar-se ao gigante azul. Mas nem todos são pescadores. Duarte Oliveira tem 23 anos, cresceu em Olhão no meio destas lides, mas cedo percebeu que o seu futuro não passaria pelo mar, mas sim pelo bar. A bom rigor é só trocar uma letra e o liquido também está presente.
Duarte fez a sua formação na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve em Gestão Hoteleira - Restauração e Bebidas e o seu estágio curricular no Aperitivo Bar em Faro, onde se encontra a trabalhar atualmente à cerca de um ano. É um jovem talento da cocktalaria e um dos finalistas nacionais do World Class 2018. Vamos saber mais um pouco dele.
- Olá Duarte, antes de mais o nosso obrigado pela tua disponibilidade. Queríamos começar por perguntar onde surgiu a ideia de participares na competição da World Class?
Duarte fez a sua formação na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve em Gestão Hoteleira - Restauração e Bebidas e o seu estágio curricular no Aperitivo Bar em Faro, onde se encontra a trabalhar atualmente à cerca de um ano. É um jovem talento da cocktalaria e um dos finalistas nacionais do World Class 2018. Vamos saber mais um pouco dele.
- Olá Duarte, antes de mais o nosso obrigado pela tua disponibilidade. Queríamos começar por perguntar onde surgiu a ideia de participares na competição da World Class?
DO - Tudo começou quando acompanhei a experiência no World Class do meu colega João Rodrigues que na altura trabalhava no Columbus Bar e chegou a ir a Miami representar Portugal na final mundial. Fascinou-me por ser uma ótima aprendizagem e oportunidade de mostrar aquilo de que mais gostamos de fazer ao público.
- Fazer cocktails para um menu ou cocktails de autor para uma competição não é o mesmo processo. Para ti em que é que se diferenciam e em que consiste cada uma das criações?
DO - Na minha opinião os cocktails para um Menu, variam consoante o tipo de cliente e também o tipo de conceito do bar. Deve ser estruturado e elaborado pondo em prática os mais diversos sabores e loucuras que nos passarem pela cabeça no momento. Para uma competição, o cocktail deve de ser elaborado de modo a que o produto da marca se destaque, baseado numa história que desperta sensações e emoções no público mas em especial no jurado.
- Como consegues transpor as tuas ideias e conceitos para o copo?
DO - A melhor maneira de conseguir transpor tudo aquilo que quero é estudando receitas e diversos pratos de culinária para colocar em prática num cocktail. A minha cabeça está 24 sobre 24 horas a pensar em bar, daí obter sempre imensas ideias.
- Sabemos que em competição tudo tem o seu élan, conceito e história. Posto isto, como começou o processo de criação do "Ti Gónite" ?
- Sabemos que em competição tudo tem o seu élan, conceito e história. Posto isto, como começou o processo de criação do "Ti Gónite" ?
DO - O processo começou com uma formação dada pelo Carlos Santiago, onde ele ensinou técnicas inovadoras e que me despertaram muita curiosidade em experimentar. No momento vieram logo imensas ideias à cabeça e coloquei-as em prática. Inspirei-me também no meu avô de forma a homenageá-lo. Como tal, ficou o nome de “Ti Gónite”.
- Qual a história ou a mensagem por trás do mesmo?
DO - Ti Gónite, era um velho pescador espanhol que vivia em Olhão. O seu nome era Juanito, João em português. Naquela altura os pescadores não conseguiam pronunciar algumas palavras, então houve alguém que disse: “Moss fica já Ti Gónite moh”. Era um grande adepto de futebol, e por nos encontrarmos a poucos meses do mundial onde a maioria dos adeptos consumirem cerveja, eu decidi criar a minha cerveja artesanal para o mundial 2018.
- Sem ser os whisky Cardhu e Talisker e não querendo desvendar nenhum segredo, quais os ingredientes chave que o torna único?
DO - O que o torna único é a junção de dois whiskys infusionados. Cardhu infusionado com presunto e Talisker infusionado com grãos de café.
- Qual a tua motivação para teres participado neste desafio da "World Class"?, já tinhas participado noutros desafios? Como tem sido o teu percurso de barman e como é que este influencia as tuas criações?
DO - A minha maior motivação é a minha família, colegas de trabalho, o meu patrão, amigos. Em relação às competições comecei no Concurso Inter Escolas na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, onde tive a oportunidade de representar a escola e Portugal em Londres ficando em segundo lugar. Recentemente participei na Imperial Gold Collection Competition, onde fiquei em 3º lugar. O meu percurso como barman é recente, comecei no Aperitivo à quase dois anos. Dois anos onde a paixão pelo bar aumenta a cada dia, a vontade de aprender mais, e experimentar coisas diferentes juntamente com o meu esforço e dedicação dão fruto às minhas criações.
- Para terminar onde é que podemos provar esta e outras criações da tua autoria?
DO - Passem pelo Aperitivo Bar em Faro, tenho a certeza que não se vão arrepender!