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NOS Primavera Sound

Arranca hoje mais uma edição do NOS Primavera Sound. Durante três dias, o Parque da Cidade no Porto, recebe mais de 50 artistas, e uns largos milhares de festivaleiros, sedentos de boa música.


Interpol, Antony and the Johnsons, Patti Smith, Ride, Underworld, The Replacements, Damien Rice, Death Cab For Cutie, FKA twigs, Mac DeMarco, Belle & Sebastian, Run The Jewels, JUNGLE e Caribou, são alguns dos nomes que fazem parte do sólido cartaz da quarta edição do NOS Primavera Sound. Uns são repetentes no nosso país, mas outros fazem a sua estreia absoluta em solo nacional. A programação será distribuída por 4 palcos diferentes. Os principais artistas do cartaz distribuem-se pelo Palco NOS, que à semelhança das edições anteriores recebe o nome do patrocinador principal, e pelo Palco Super Bock. A All Tomorrow’s Parties (ATP) volta a comissariar o palco homónimo, responsável pela programação mais experimental dos vários estilos musicais, e o palco Pitchfork, comissariado pela Pitchfork Media, trará alguns dos nomes emergentes da música alternativa internacional. Os bilhetes estão praticamente esgotados, mas ainda há hipótese de comprar nos locais habituais, por 55€ um dia, ou por 105€ o passe para os três dias. 

A todos aqueles que vão estar presentes, não deixem de assistir aos que para nós, são os três concertos obrigatórios:

- Caribou
Empenhado em estar sempre um passo à frente na hora de reinventar a genética do experimentalismo, Dan Snaith nunca se deixa contentar, mesmo quando o aplauso é unânime em torno do esplendido “Andorra” ou do êxito de vendas “Swim”. É por isso que, para além de ter inventado um novo alter-ego (Daphni) por onde desfila nas cabinas de Dj, e de lançar a editora Jialong, o canadiano acaba de sair de estúdio com “Our Love”, uma pérola do experimentalismo psicadélico, da pop e electrónica hipnótica. Um degrau acima na odisseia sintética na qual embarcou depois de ter renunciado ao nome artístico Manitoba e onde se faz acompanhar por referências como Jessy Lanza e Owen Pallett.


- FKA twigs
A ascensão da britânica FKA twigs, nascida de um cruzamento multicultural (pai jamaicano, mãe metade egípcia metade espanhola) foi meteórica. Em apenas um par de anos, passou de quase desconhecida, com temas pontuais em Bandcamp, a fenómeno cobiçado pela influente editora Young Turks, onde publicou em 2014 o álbum de estreia LP1. Um disco que exibe os trunfos que a distinguem na primeira linha do pop electrónico: r&b subtil aliado a uma electrónica experimental e obscura que a empurraram para o estrelato.


- JUNGLE
Surgiram do nada com “Platoon” e ganharam um lugar de destaque com a nomeação para o Mercury Prize, o que converteu a actuação no festival Primavera Club uma das mais aguardadas da última edição. Regressam agora para continuar a encher a pista de dança com um novo ímpeto de funk e neo soul elegantes, com muita sensualidade. Com o álbum de estreia homónimo a ser considerado um dos destaques da temporada, uma reinvenção da música negra sintetizada, a banda liderada por John Lloyd-Watson e Tom McFarland chega ao Porto para mostrar o porquê de ser uma das grandes revelações da música urbana contemporânea.