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Os TAIS em Amesterdão

Aproveitando o 10 de Junho ter calhado a meio de uma semana, decidimos aproveitar um fim-de-semana prolongado e dar um salto a Amesterdão. Foi um misto de trabalho e lazer, onde tivemos a oportunidade de acompanhar uns amigos ao Shortcutz Amsterdam, e correr a cidade de uma ponta à outra.



Saímos de Lisboa sexta feira ao fim do dia e 3 horas depois estávamos a aterrar em Amesterdão. A primeira coisa a fazer foi o check in no Wyndham Apollo Hotel Amsterdam, não é bem central, mas a distância do centro é relativamente curta. Seguidamente, e como a barriga já pedia comida fomos até ao centro devorar umas fatias de pizza e batatas fritas, foi o primeiro contato com a vida noturna da cidade e ficámos logo boquiabertos. Os dois dias seguintes começaram bem cedo, fomos sempre de transportes públicos até ao centro da cidade pois os táxis são demasiado caros para se usarem com frequência, e a rede de transportes deles é fabulosa. A cidade é toda ela plana, o que faz com que facilmente se ande uns 10km sem se dar por isso, e sempre ajuda a aquecer, pois apesar do sol que tivemos a sorte de apanhar, o clima é frio, mesmo para a altura do ano. Existem ciclovias por todo o lado, e basicamente as bicicletas estão no topo da hierarquia nos meios de transportes, as regras são tão rígidas que não nos atrevemos a andar nas mesmas. 



A noite parece dia, a cidade não dorme. No Red Light District, montra sim, montra sim, as célebres meretrizes, mostram-se para os fregueses verem, gordas, magras, bonitas, perfeitas, há um pouco de tudo, como se de um catálogo se tratasse. As famosas coffe shops passam boa música, servem bolinhos de erva, e fuma-se como se não houvesse amanhã, mas atenção, não queiram ser os campeões, pois lá a erva é mais forte do que se possa pensar, e a probabilidade de começarmos a ver póneis a saltar sobre um arco iris é grande. Incrível é o civismo imposto numa sociedade tão livre como a Holandesa, provavelmente o facto de tudo ser liberalizado, faz com que as coisas sejam vistas com outros olhos, e tomadas de um modo mais responsável. A cidade é muito mais limpa do que muitas outras pelo mundo fora, mas caixotes de lixo não há muitos, é tudo uma questão de cultura e civismos.

Quanto à gastronomia, não é nada do que não estivéssemos à espera, fritos e mais fritos. O fast food impera por toda a cidade, batatas fritas com diversos molhos, queijos, bolos que mais pareciam recheados com uma overdose de açucar, e crepes, crepes por todo o lado, ora de morango, ora de chocolate. O que nos safou foi termos encontrado um restaurante chinês de comida tradicional e super familiar, tão familiar que a certa altura parecia mesmo estarmos a comer dentro da casa dos proprietários.



No que diz respeito à parte cultural, Amesterdão é uma cidade rica. Visitámos os museus Rijksmuseum e Van Gogh, o primeiro é mais dedicado às artes e história dos países baixos, e é onde está exposto o famoso auto retrato de Van Gogh, e algumas das obras primas de Rembrandt. O segundo, e como o nome indica, é dedicado à vida de Van Gogh, possuiu um grande espólio de obras deste, e de outros artistas que se inspiraram na obra dele. Aconselhamos vivamente ambos os museus. Para descontrair, fomos até ao The Amesterdam Dungeons, que é uma espécie de casa do terror, idêntico ao de Londres, e que dá para nos divertirmos um bocado. Para terminar, acompanhamos uns amigos realizadores ao Shortcutz Amsterdam e tivemos a oportunidade de privar com diversos realizadores de curtas. É incrível o impacto que estes projetos culturais têm em cidades mais desenvolvidas que as nossas.



Em suma, é uma cidade jovem e cheia de vida. Não é uma cidade cara, mas para a nossa realidade, quem a visita, que se prepare para gastar uns euros valentes. O vencimento mínimo deles ronda os 1500€ (3 vezes mais que em Portugal). Usem os transportes públicos, não se ponham em aventuras com as bicicletas sem conhecerem e dominarem bem as regras deles, se querem poupar algum, evitem os táxis pois os valores são elevados. Mesmo que seja a época alta a nível de calor, levem sempre uma camisola e um casaco pois o clima é bem mais frio do que o que estamos habituados, e lá porque a prostituição e as drogas leves são legais, não significa que tenham de se armar em Zezé Camarinha, ou cantar Bob Marley em todos os cafés que entrarem. Divirtam-se.