Foi dito mundos e fundos acerca do Jardim Sonoro. "Pior festival de sempre", "pior organização que alguma vez vi", "quiseram fazer de uma festa para os amigos, um festival para a cidade mas não têm mão para aquilo", "cambada de amadores", entre muitas outras. Verdade que o primeiro dia foi deveras conturbado, mas só quem esteve presente nos dois dias poderá perceber que todos os erros foram corrigidos, e quanto à música, que é disso que o festival trata, essa esteve sempre eximia.
Das poucas palavras que trocámos com Miguel Fernandes, há umas que não nos saem da cabeça, "sim falhámos, sim admitimos as falhas e os erros, mas felizmente demos a volta e hoje está a correr muito bem" e é verdade, no sábado as filas eram imensas, para entrar, para carregar a pulseira, para comer, para beber, mas conforme a organização publicou no seu facebook, foi "uma edição marcada por dores de crescimento", e no domingo tudo correu da melhor maneira. Mas vamos ao que interessa verdadeiramente. Ao contrário do ano anterior este ano o São Pedro decidiu brindar todos os presentes com dois dias de sol, as boas vibrações estavam no ar, e desde cedo que os beats percorreram o Jardim Sonoro. Coube a Isilda Sanches a abertura deste festival, e seria impossível começar de melhor maneira, do que com esta senhora que é uma autêntica enciclopédia musical, e caçadora de talentos. Seguiu-se Fandango, um duo que casa a sonoridade típica de um acordeão e de uma guitarra portuguesa, com as batidas eletrónicas. Simplesmente encantador e vibrante, mas vindo de excelentes músicos como Gabriel Gomes e Luís Varatojo não seria de esperar outra coisa. Mirror People & The Voyager Band deram um concerto eletrizante com uma energia única e contagiante e Palms Trax deu bom seguimento, deixando a plateia empolgada para o senhor que se seguia. E que senhor! Nicolas Jaar "quiçá" inspirado na festa que decorria na Atalaia, começou o seu "set" com "Os Vampiros". No meio das suas batidas a voz revolucionária de Zeca Afonso ecoava pelo Parque Eduardo VII e deixou muitas peles arrepiadas; continuando com toda uma panóplia musical que só ele sabe usar, fazendo tudo soar bem dentro do seu minimalismo. Para acabar o primeiro dia em grande, a deusa da Sibéria Nina Kraviz fez o que só ela sabe no seu "set" de puro techno e envolveu todos os presentes na sua sensualidade sonora.
Rui Miguel Abreu, um dos mais importantes divulgadores da música em Portugal, foi quem abriu o segundo dia do Jardim Sonoro. O seu "set" de conhecimento enciclopédico, música de todas as latitudes e de gosto impecável, tem também um apurado sentido de humor que sempre se manifesta quando põe música. Seguiu-se Mr. Herbert Quain e o seu "live act" que mistura "samples" de filmes, canções, entrevistas e outras fontes de som, com eletrónica ao retardador, criando ambientes cinemáticos que contam uma história e nos prendem nela. Andras Fox nas misturas e Oscar Key Sung na voz, mostraram o seu house lento, romântico e sensual ao serviço da pista de dança. Os Jazzanova viajaram de Berlim para o Jardim Sonoro e na bagagem trouxeram Paul Randolph. Jazz, Soul e Funk, tocados, cantados e dançados ao vivo, por todos os presentes independentemente da idade. Mas a tarde mal tinha começado. Diretamente da Noruega, Todd Terje não trouxe o frio, mas sim "beats" e remisturas incendiárias que deixaram todos em plena apoteose mesmo antes da entrada de Michael Mayer, que nem deu tempo de descanso, arrancando logo com o seu techno de forma crescente, terminando da melhor maneira possível um festival carregado de amor no ar.
Além de toda esta música maravilhosa, ainda houve a oportunidade de no lounge da Heineken assistir ao live painting da Mistaker Maker com os artistas Mário Belém, PFFF e Frederico Draw; bem como fazer uma tatuagem provisória pelas mãos de dois tatuadores da Bang-Bang. Sobre o lema "a música não tem idade, o consumo tem", a Heineken foi mais uma vez uma excelente anfitriã. Os nossos sinceros parabéns
Resta somente agradecer a toda a organização do Lisb-ON Jardim Sonoro, e a todos os que nos proporcionaram esta experiência.
Rui Miguel Abreu, um dos mais importantes divulgadores da música em Portugal, foi quem abriu o segundo dia do Jardim Sonoro. O seu "set" de conhecimento enciclopédico, música de todas as latitudes e de gosto impecável, tem também um apurado sentido de humor que sempre se manifesta quando põe música. Seguiu-se Mr. Herbert Quain e o seu "live act" que mistura "samples" de filmes, canções, entrevistas e outras fontes de som, com eletrónica ao retardador, criando ambientes cinemáticos que contam uma história e nos prendem nela. Andras Fox nas misturas e Oscar Key Sung na voz, mostraram o seu house lento, romântico e sensual ao serviço da pista de dança. Os Jazzanova viajaram de Berlim para o Jardim Sonoro e na bagagem trouxeram Paul Randolph. Jazz, Soul e Funk, tocados, cantados e dançados ao vivo, por todos os presentes independentemente da idade. Mas a tarde mal tinha começado. Diretamente da Noruega, Todd Terje não trouxe o frio, mas sim "beats" e remisturas incendiárias que deixaram todos em plena apoteose mesmo antes da entrada de Michael Mayer, que nem deu tempo de descanso, arrancando logo com o seu techno de forma crescente, terminando da melhor maneira possível um festival carregado de amor no ar.
Além de toda esta música maravilhosa, ainda houve a oportunidade de no lounge da Heineken assistir ao live painting da Mistaker Maker com os artistas Mário Belém, PFFF e Frederico Draw; bem como fazer uma tatuagem provisória pelas mãos de dois tatuadores da Bang-Bang. Sobre o lema "a música não tem idade, o consumo tem", a Heineken foi mais uma vez uma excelente anfitriã. Os nossos sinceros parabéns
Resta somente agradecer a toda a organização do Lisb-ON Jardim Sonoro, e a todos os que nos proporcionaram esta experiência.