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Storik Tapas

Situado no número 30-D da Rua do Alecrim, como que a meio caminho entre a praça do Cais do Sodré e o Largo de Camões, está o Storik Tapas. Bem não é só o Storik Tapas que mora ali, pois o seu irmão mais velho ainda divide a "casa" com este irmão mais novo.



Um espaço para petiscar, conviver e partilhar emoções e experiências, traz até à capital Portuguesa, o conceito de tapas ou "pintxos" do Pais Basco. Nuno Ferreira, um dos sócios proprietários, inspirado nas suas viagens, confessa que "há muito que queria trazer algo assim para Lisboa. O Storik foi o restaurante pioneiro nas Flammekueche (Flammes)", uma massa fininha coberta por uma mistura de creme fraîche et fromage blanc, bacon fumado, cebola e uma variedade de sabores, complementadas com criações de fusão Alsacianas, Mediterrâneas, não esquecendo os sabores tipicamente Portugueses. "O Storik Tapas, nasce numa necessidade de inovação e de oferta de um produto diferente, inspirado na cozinha Basca, mas com os sabores integrais da cozinha tradicional Portuguesa", afirma Nuno. Quanto à escolha do local, "inicialmente pensou-se em abrir o Storik Tapas num outro local, contudo, por um lado a elevada burocracia, por outro a oportunidade de reduzir custos, fez com que a partilha de espaço fosse o cenário mais viável".



Mas desengane-se quem julga que é "tudo ao molhe e fé em Deus", o único local comum é a cozinha e a equipa, apesar que cada conceito tem o seu "Chef". Com duas entradas distintas, por um lado podemos ir para o Storik Flammekueche, por outro para o Storik Tapas. Acolhedor e moderno, o Storik Tapas apresenta duas zonas distintas. Se a ideia for petiscar de forma mais dinâmica, com deslocações à barra, então subimos ao piso superior. Uma sala rústica e informal onde as mesas não são mais que barricas com cadeiras altas. Uma decoração bem conseguida para recriar e reinventar o conceito de taberna. Ao todo estão disponíveis 20 lugares sentados, mas aqui é possível ficar de pé a partilhar sabores. Neste espaço situa-se também o conceito de wine bar, com a parceria exclusiva de João Portugal Ramos, surgindo assim uma ligação que pretende harmonizar as melhores tapas com um vinho nacional de referência . É possível escolher a copo ou à garrafa alguns dos vinhos mais jovens e irreverentes da marca, sejam eles brancos, tintos ou rosés. Se o objetivo é desfrutar calmamente das opções mais compostas da carta, ou saborear os petiscos de forma mais confortável, então descemos para a sala de jantar. Um espaço com 42 lugares sentados que convida a uma refeição mais calma. O melhor é que, se preciso, as opções da barra também estão disponíveis nesta sala, sem ter que se levantar.




Com a consultoria do chef Pedro Sommer, e a execução do chef Matheus Maeda, as tapas são reinventadas pelos sabores típicos da gastronomia portuguesa. A ementa é composta por 100 propostas que entre receitas originais e variações chega perto de 200 alternativas para o cliente. Mas a tarefa de escolha será simplificada uma vez que por dia vão estar disponíveis entre 5 a 7 opções de pratos. A carta está dividida entre os petiscos e pratos compostos e é completada com tábua de queijos e enchidos Joaquim Arnaud, seleção de carnes (txuleton, lombo, prego) e peixe. Na nossa visita tivemos a oportunidade de provar as maravilhosas bolinhas de morcela e pêra e os ovos recheados com farinheira, como entradas. Como tapas, provámos o brie gratinado com marmelada, o polvo com batata doce e a estupeta de bacalhau; em cada uma delas deu para sentir no paladar os ingredientes típicos portugueses devidamente bem combinados. Por ultimo, nos tachos e tachinhos, provámos as bochechas de porco guisadas com ensopado de grão e jus de hortelã, o bacalhau à brás com alho francês e o bife de atum. As doses não são grandes, mas os preços também não, e como o objetivo é a partilha, nada como juntar um grupo de amigos, pedir umas quantas opções e degustar de uma boa e bem regada refeição, num conceito que tem tudo para vencer.  



Sem dúvida que foi um restaurante que tivemos bastante gosto em conhecer, acima de tudo porque não há nada melhor que ir a um espaço onde o convívio e a descontração são os ingredientes principais para desfrutar a 100% dos melhores petiscos, na companhia de um bom vinho.