Terminou ontem mais uma edição do LISB-ON Jardim Sonoro. Durante três dias num canto recatado do Parque Eduardo VII reuniram-se betos e hipsters, freaks e cools, gordos e magros, feios e bonitos; independentemente do estilo de cada um uma coisa é comum, todos são amantes de boa música. Em 2014 plantaram-se as sementes, em 2015 regaram-se as mesmas e assistiu-se ao seu crescimento. Em 2016 foi o ano de colher os frutos destas e cimentar de vez a sinergia entre a boa música, a cidade de Lisboa e todos os que a visitam.
É com os erros que se aprende e quem frequenta o LISB-ON desde o seu início sabe bem que de ano para ano a coisa está melhor. Depois de falhas em 2015 que levaram alguns ao desespero, este ano as coisas fluíram muito bem e três dias antes do arranque do festival já era possível de trocar os bilhetes por pulseira no recinto, tal como carregar as mesmas para depois poderem consumir no seu interior com o método "cashless". Neste campo também existiam muito mais pontos de carregamento das pulseiras e cartões, o que fez com que as pessoas dispersassem mais e esperassem menos. Outra grande mudança foi o bilhete diário. Quem era possuidor do mesmo entrava diretamente no recinto sem o ter de trocar por pulseira alguma. No interior, se quisesse consumir algo, carregava um cartão com o valor pretendido e pronto.
É com os erros que se aprende e quem frequenta o LISB-ON desde o seu início sabe bem que de ano para ano a coisa está melhor. Depois de falhas em 2015 que levaram alguns ao desespero, este ano as coisas fluíram muito bem e três dias antes do arranque do festival já era possível de trocar os bilhetes por pulseira no recinto, tal como carregar as mesmas para depois poderem consumir no seu interior com o método "cashless". Neste campo também existiam muito mais pontos de carregamento das pulseiras e cartões, o que fez com que as pessoas dispersassem mais e esperassem menos. Outra grande mudança foi o bilhete diário. Quem era possuidor do mesmo entrava diretamente no recinto sem o ter de trocar por pulseira alguma. No interior, se quisesse consumir algo, carregava um cartão com o valor pretendido e pronto.
Mas e a música que é o que realmente importa neste festival, como esteve? Pois bem, mal o relógio tinha virado as 14h de sexta-feira que a nossa querida Mary-B lançou os primeiros beats. A Mary-B não necessita de apresentações, anda nisto à muito e os seus sets são sempre peças obrigatórias de se assistir. Seguiu-se Sweat&Smoke, um Dj, uma bateria e o funk na alma, fazem deste duo uma combinação poderosa e viciante, a voz de DA CHICK foi como que a cereja no topo do bolo. Tender Games, a dupla Hulrich Harrison e Marlon Hoffstadt, são uma das mais recentes sensações berlinenses, refletindo uma nova geração de público e DJs com gosto e interesses transversais, atuaram a meio da tarde e, mesmo com o Jardim Sonoro ainda a meio gás, não houve quem tivesse ficado parado. Dos Estados Unidos para Lisboa, vieram também os Escort. Este coletivo que tem quase tantos elementos como uma equipa de futebol, trouxe o disco, o boogie, o punk, o funk e muita house na bagagem, deixando todos de sorriso rasgado e com o pézinho a bater na relva. Mathew Herbert nunca foi convencional mas foi sempre genial, trabalha com "samples" e com sons, e que melhor sitio sem ser um Jardim Sonoro para ele se apresentar? Dúvidas houvessem, foram todas retiradas com uma atuação soberba e exemplar. Para terminar a noite, Dixon subiu ao palco e com o seu house viciante, encantador e vibrante deixou todos os presentes com vontade que a noite não terminasse.
No sábado o dia fez-se com muitos artistas nacionais. Para abrir as hostilidades, De Los Miedos deu as boas vindas com a sua boa vibe, energia e exotismo a todos os que iam chegando. De seguida, Surma, a one woman band de Leiria, manipulou os seus botões, teclas e guitarras para fazer ao vivo a sua música experimentalista e fascinante, onde o rock e jazz unem-se com electrónica numa busca de identidade que não quer colar-se a fórmulas nem etiquetas. Depois do experimentalismo de Surma, chegou a vez do psicadelismo pop rock com electrónica cósmica e partículas dispersas de vários estilos e geografias dos Sensible Soccers. A prova que velhos são os trapos está nos Azymuth. A banda brasileira com mais de 40 anos de atividade trouxe até ao Jardim o seu "samba doido" onde o seu samba com jazz, funk e soul, contagiou todos os que se aproximaram para ver e ouvir mais de perto. O senhor que se seguiu é uma lenda viva. O Dj mais cool do planeta não podia deixar de tocar no festival mais cool de Lisboa, falamos de Dj Harvey. Harvey é especialista em tudo e trouxe até nós sons de acid house, rock psicadélico, funk, hip hop, house, techno, blue eyed soul, soft rock, híbridos de fusão de proveniência improvável e nada mais se ouvia do que: "alguém sabe que música é esta?". A noite não terminou sem a presença de Matteo dos Tale of Us, que infelizmente só estiveram representados a meio gás. Imprevistos acontecem e houve quem ficasse bastante descontente com esta atuação, que não foi má, mas faltou parte da história que poderia ter sido contada.
E eis que Domingo era o dia mais desejado, não que os outros dias não tivessem sido bons, mas acima de tudo porque foi no terceiro e último dia que os britânicos Jungle trouxeram a sua selva de grooves até ao Jardim, mas já lá vamos. Coube a João Tenreiro as hostilidades de abrir este dia. Habituado a fazer magia com os seus sets e discos ecléticos, foi o que fez no Jardim, que desde cedo se percebeu ficar mais composto que nos dias anteriores. Seguiu-se Marcos Valle num registo mais soft, onde a bossa nova, o samba e o funk fizeram parte de um concerto cheio de boa energia e alegria. Desde a década de 60 que anda nesta vida e foi a primeira vez que se apresentou em Portugal, sem dúvida um momento único. Max Graef na sua plena juventude, apresentou um live maduro e coerente onde pode mostrar toda a sua genialidade e criatividade. A pergunta que mais se ouviu de meados de julho até ontem foi: "vais ver os Jungle?", a pergunta que nós colocamos é "houve alguém que não tivesse ido?" O Jardim encheu, o groove soltou-se pelo ar, os beats bateram mais fortes e as vozes cantaram em uni-som durante todo o concerto. O flirt foi mutuo e a magia aconteceu, a selva veio mesmo até ao jardim. Por último, coube a Gerd Janson com a sua transversalidade, meter a dançar todos os presentes até ao final e, fechar mais uma edição desta que já foi uma "festa de amigos", que continua com o mesmo ambiente, mas que cresceu muito e tornou-se num grande festival.
Além de toda esta música maravilhosa, ainda houve a oportunidade de nos intervalos dos concertos, assistirmos às simplesmente fantásticas atuações dos MEUTE. Esta techno marching band natural de Hamburgo fizeram parte da ativação de marca que a Heineken proporcionou a todos os festivaleiros, onde através de instrumentos de sopro e percussão são criados e recriados autênticos hinos eletrónicos. Tal como já dissemos nas nossas redes sociais, há concertos piores que estes intervalos. Sobre o lema #Liveyourmusic, a Heineken foi mais uma vez uma excelente anfitriã. Os nossos sinceros parabéns.
Além de toda esta música maravilhosa, ainda houve a oportunidade de nos intervalos dos concertos, assistirmos às simplesmente fantásticas atuações dos MEUTE. Esta techno marching band natural de Hamburgo fizeram parte da ativação de marca que a Heineken proporcionou a todos os festivaleiros, onde através de instrumentos de sopro e percussão são criados e recriados autênticos hinos eletrónicos. Tal como já dissemos nas nossas redes sociais, há concertos piores que estes intervalos. Sobre o lema #Liveyourmusic, a Heineken foi mais uma vez uma excelente anfitriã. Os nossos sinceros parabéns.