Muito se tem falado hoje do inicio do Web Summit Lisboa, mas poucos são aqueles que sabem o que realmente é esta conferência. Muito mais que as caras bonitas do mundo da música e de Hollywood, muito mais que as politicas e os políticos que vão estar presentes, muito mais que "nerds" e "geeks" das tecnologias é um aglomerar de mentes criativas de áreas tão distintas como música, indústria automóvel, tecnologia financeira, saúde na era digital, marketing, robótica, desporto, entre outras.
Pela primeira vez fora de Dublin na Irlanda, a conferência nascida em 2010 pelas mãos de Paddy Cosgrave tem tido um largo crescimento a nível de participantes, começando com pouco mais de 400 e sendo esperados mais de 50.000 este ano em Lisboa. E porquê Lisboa? A resposta é simples: o entusiasmo da comunidade tecnológica. Fator decisivo para descartar cidades como Paris e Amesterdão do raio da conferência. Escolhida a cidade, Paddy só teve de assegurar se existiam as infra-estruturas necessárias que Dublin não lhe conseguia para a realização da conferência. Empreendedores, investidores, programadores, políticos, empresários, investigadores, atletas, celebridades, estudantes, entre muitos outros vão estar presentes nestes 4 dias de evento. Não só nas conferências, como acima de tudo nas noites, local onde grandes negócios podem vir a acontecer.
Após o fim das conferências na FIL e no MEO Arena, o destino é o Bairro Alto, a Rua das Fores e a Rua Rosa no Cais do Sodré. Nos diversos bares preparados para receber os milhares de participantes e as suas conferências noturnas, vão acontecer encontros, reencontros, trocas de ideias e mesmo o fechar de negócios. É nestas alturas de lazer que os empreendedores estão mais lado a lado com os grandes investidores e nada que uma bebida não ajude a selar um bom negócio.
E o que tem Lisboa a ganhar com isto tudo? Vamos esquecer o facto de milhares de pessoas estarem por cá, pois turismo é o que não nos falta. O grande prémio para a nossa cidade é o facto de se poder afirmar em definitivo como uma "boa casa" para as startup e dar razões ao "The Guardian" de nos afirmar como a próxima capital tecnológica a nível mundial. Por isso sejam muito bem vindos e façam os melhores negócios possíveis.