A poucos dias da segunda edição do Lisb-ON Jardim Sonoro, vamos partilhando convosco os artistas que mais queremos ver neste festival de "beats" urbanos. Começamos com Nicolas Jaar.
Poucos produtores de electrónica atingem o nível de sofisticação de Nicolas Jaar. A sua música transcende rótulos e desafia conceitos, aspira a muito mais do que fazer dançar ou ser música ambiente, embora seja ambas coisas e muito mais. Nicolas Jaar é um esteta com raciocínio científico, presta atenção ao todo mas parte dos detalhes, e é nos detalhes que constrói a sua identidade. Nascido em Nova Iorque, viveu parte da infância no Chile e sempre viajou pelo mundo, muitas vezes acompanhando o pai, Alfredo Jaar, um dos mais reputados artistas e intelectuais chilenos. A música de Jaar tem o mesmo espírito inquieto do viajante, explora todos os caminhos, faz desvios e cruzamentos, aproxima-se do house, jazz, blues, techno, música clássica ou contemporânea. Em Portugal sabemos do flirt com o Fado, que já o levou a convidar Carminho e Gisela João para o acompanhar em palco (em diferentes momentos), mas também faz música para cinema. Criou uma banda sonora para o filme russo The Colour Of Pomegranates/Sayat Nova, realizado por Sergei Parajanov em 1969, e assinou recentemente a banda sonora de Deephan de Jacques Audiard, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, este ano. Os seus interesses são múltiplos e as suas atividades vão para além da música que grava em nome próprio. Estudou literatura comparada, durante 4 anos dirigiu a Clown and Sunset, editora que em 2013 transformou em Other People, e lançou, entre outros, os discos de Darkside, o projecto que manteve com o multi-instrumentista Dave Harrington até ao ano passado.
Poucos produtores de electrónica atingem o nível de sofisticação de Nicolas Jaar. A sua música transcende rótulos e desafia conceitos, aspira a muito mais do que fazer dançar ou ser música ambiente, embora seja ambas coisas e muito mais. Nicolas Jaar é um esteta com raciocínio científico, presta atenção ao todo mas parte dos detalhes, e é nos detalhes que constrói a sua identidade. Nascido em Nova Iorque, viveu parte da infância no Chile e sempre viajou pelo mundo, muitas vezes acompanhando o pai, Alfredo Jaar, um dos mais reputados artistas e intelectuais chilenos. A música de Jaar tem o mesmo espírito inquieto do viajante, explora todos os caminhos, faz desvios e cruzamentos, aproxima-se do house, jazz, blues, techno, música clássica ou contemporânea. Em Portugal sabemos do flirt com o Fado, que já o levou a convidar Carminho e Gisela João para o acompanhar em palco (em diferentes momentos), mas também faz música para cinema. Criou uma banda sonora para o filme russo The Colour Of Pomegranates/Sayat Nova, realizado por Sergei Parajanov em 1969, e assinou recentemente a banda sonora de Deephan de Jacques Audiard, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, este ano. Os seus interesses são múltiplos e as suas atividades vão para além da música que grava em nome próprio. Estudou literatura comparada, durante 4 anos dirigiu a Clown and Sunset, editora que em 2013 transformou em Other People, e lançou, entre outros, os discos de Darkside, o projecto que manteve com o multi-instrumentista Dave Harrington até ao ano passado.
Apesar de terem passado 4 anos entre a edição de Space is Only Noise, o seu brilhante álbum de estreia, e o recentíssimo Ep Nymphs II, Jaar esteve tudo menos parado. Além do envolvimento com Darkside, fez música com Scout LaRue, filha de Bruce Willis e Demi Moore, também com Sasha Spielberg, filha de Steven Spielberg e Kate Capshaw, juntou-se a Brian Eno e Grizzly Bear para uma edição especial Record Store Day, remisturou Cat Power, St Vincent, Florence and The Machine e Daft Punk... .Os trabalhos e colaborações multiplicam-se e a sua criatividade parece inesgotável.
Aos 25 anos Nicolas Jaar é um mestre da electrónica. Um produtor e compositor intuitivo e cerebral, emotivo mas matemático, livre e conceptual, que pode usar elementos étnicos ou citar cinema e literatura, sublinhar a melodia, ou puxar pelo baixo e pela bateria, intensificar o ruído ou procurar o silêncio. A sua música é complexa e extremamente rica e prende-nos como uma entidade viva. Nicolas Jaar tem uma relação especial com Portugal que vai ser reavivada em ambiente de festa no LIS-BON já no dia 5 de setembro.