Quem nunca teve aquela sensação de precisar de férias para descansar das férias? Nesta reentrada de temporada aproveitamos o facto de ainda estarmos em pleno verão para reforçarmos as escolhas frescas no que diz respeito ao vinho. Os rosés chegaram em força e vieram mesmo para ficar, dando assim hipótese de novos vinhos terem sido lançados, e todos eles num segmento que há muito merecia mais destaque nas nossas mesas. Bebemos um copo?
É do Douro que nos chega o "créme de la créme" dos rosés nacionais. Da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, chega o DOC Rosé 2016. Basta ser da Quinta Nova para sabermos que estamos presentes a um bom vinho. Tão bom que obteve 92 pontos por Robert Parker. De cor salmão, tom brilhante e um aroma delicado a frutos vermelhos, incenso, especiarias brancas e cereja amarga. De estrutura elegante e delicada, tem uma grande complexidade e equilíbrio perfeito entre a acidez média, a fruta fresca, os aromas de madeira e a concentração. Tem um final muito longo e preciso. De um modo resumido, é bom para caraças. Com 13,5% de volume bebe-se bem só por si, mas acompanha na perfeição um bom peixe assado na brasa ou uma salada fresca.
Do Dão chega-nos Manuela, a estreia da Quinta de Lemos no mundo dos rosés e que mais uma vez homenageia uma das mulheres da familia de Lemos. “Os tintos têm sido a imagem de marca da Quinta de Lemos, mas depois do sucesso do primeiro branco, Dona Paulette, surge agora o Manuela Rosé que surpreende pelas notas aromáticas e pelo volume e estrutura que apresenta na boca, contrariando o conceito do rosé social, fresco e leve. O Manuela é um vinho gastronómico, denso e estruturado”, refere Hugo Chaves, enólogo da quinta. Encorpado, complexo, frutado, fresco, de cor rosada e aberta, Manuela não é um rosé comum. Com 12,5% de volume, acompanha melhor um peixe ou marisco, do que bebido num final de tarde como aperitivo.
Ainda do Douro chega este Santos da Casa DOC Rosé 2016. Este é também o primeiro rosé da Santos & Seixo, empresa produtora de vinhos de diversas regiões do nosso país. Da colheita de 2016, o Santos da Casa Rosé é constituído, na sua maioria, por uvas da casta Touriga Nacional e apresenta-se leve, fresco e ideal para os dias ainda quentes. De cor leve e delicada, com aroma a fruta fresca realçando o morango e o pêssego, de sabor crocante e com muito boa acidez. É um vinho intenso, macio, seco, mas acima de tudo muito fresco. Com 13% de volume, é ideal para aperitivo, acompanhar pequenas tapas ou pratos leves.
Descemos ao Alentejo para falar deste Herdade da Malhadinha Monte da Peceguina Rosé 2016. Oriundo daquela que é provavelmente a melhor Country House Portuguesa, este vinho segue as pisadas de todos os outros produzidos na Herdade e mostra o seu carácter fresco. De cor viva, elegante, centrado numa fruta vermelha em tons silvestres muito suculenta e limpa, pelo meio notas florais perfumam um conjunto fresco e requintado. Na boca mostra a robustez da fruta, em corpo mediano, aliando frescura e sabor num conjunto de perfil muito gastronómico. Com 12,5% de volume acompanha pratos leves e frescos, ou bebe-se somente enquanto se desfruta da paisagem de uma bela planície alentejana. Sem dúvida um "must have" ou "must drink".