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Sem Reserva!

Poucos são aqueles suficientemente pacientes para esperarem numa fila, seja ela de que tipo for. É certo e sabido que nós, humanos, não gostamos de esperar (apesar de sermos verdadeiros profissionais na arte de deixar os outros à espera), principalmente se for à hora da refeição e se já estivermos com o apetite a bater à porta. Mas, por vezes tem mesmo de ser e já que temos de esperar, que seja por uma boa causa.



Hoje em dia muitos restaurantes optaram por não fazer reservas. Uns para evitar o transtorno de ter de esperar por clientes que estão atrasados, tendo por vezes outros clientes à espera; outros por políticas de funcionalidade. O aborrecido disto é que se chegarmos à "hora de ponta" estamos sujeitos a ter uns longos e largos minutos de espera. Como tempo é dinheiro, deixamos aqui o que para nós são filas que vale mesmo a pena esperar.



"Comida sin verguenza" é o lema da Taqueria Pistola y Corazon. Situada no nº 16 da Rua da Boavista no Cais do Sodré, este pequeno restaurante está aberto de terça a sexta das 12h às 15h para almoços, mas é ao jantar que a casa enche. De segunda a domingo as portas abrem às 18h e cedo se começa a ver o sucesso deste espaço. Entramos enquanto há lugar, depois disso escrevemos o nome na "lista sin verguenza", colocamos o número de pessoas e aguardamos pela nossa vez. A espera vale a pena. A carta é simples, temos Quesadilla, Guacamole com Totopos e Chilaquiles rojos como entradas. Para pratos temos 3 ricos tacos com diversos recheios, uns mais picantes que outros, mas todos para nos lambuzarmos sem vergonhas pois a boa comida tem de ser comida à mão e com prazer. A sobremesa é de fácil escolha, Pastel de tres leches que, sem exageros, é das melhores (se não for a melhor) da nossa cidade. Mas não é só por estas delícias mexicanas que a espera vale a pena, os cocktails de Alain Branco e do Alano Marmitt são do melhor para se beber enquanto se espera. 



A ementa é ideal para os amantes de boa carne e de bom vinho. Situado no nº 28 da Rua da Ribeira Nova no Cais do Sodré, bem por trás do Mercado da Ribeira, a Sala de Corte é a meca dos carnívoros. Aberto de segunda a domingo, tanto ao almoço como ao jantar, é na refeição da noite que a fila se faz sentir. De sala pequena, possui meia dúzia de mesas e um balcão para as refeições, mas é normal ver o amontoar de pessoas à porta à espera da sua vez. As carnes de cortes nobres e maturados, levemente grelhadas no "Josper", um forno que combina o carvão 100% vegetal e as altas temperaturas com as técnicas de restauração mais atuais, permitindo obter resultados precisos e únicos, como a caramelização perfeita da carne e a conservação de todos os seus sucos, texturas e sabor tradicionais da brasa. Das entradas aos cortes o difícil mesmo é escolher. Carpaccio, Presunto, Pica-pau para começar; Lombo, Chateaubriand ou Chuletón (duas pessoas) para continuar, mas enquanto se aguarda pela mesa, nada como um copo de vinho e os famosos croquetes de novilho para acompanhar.



Foi no Príncipe Real que Kiko Martins abriu o seu segundo restaurante e foi lá também que o Ceviche começou a andar na boca dos Lisboetas, tanto em palavra como em prato. Falamos d' A Cevicharia. Situada no nº 129 da Rua D. Pedro V, nem precisávamos de dar a morada, bastava dizer que fica perto do jardim do Príncipe Real e que tem sempre gente à porta. Não, não estamos a exagerar. Aberto todos os dias das 12h30 às 24h o serviço é constante, mas é às refeições que enche a sala e a lista de espera. Ceviches, Causas, Quinotos e sobremesas de babar é o que se come por lá, prato a prato ou em modo menu de degustação. Enquanto esperamos, nada como desfrutar de um Pisco Sour e de um snack como o taco de tártaro d'O Talho ou a mini sandes Surf and Turf.