De Tabuaço, em pleno Alto Douro Vinhateiro, para a nossa mesa. A Quinta do Pôpa acaba de estrear um rosé e lançar uma nova colheita de branco. O nome e história desta Quinta simbolizam a realização de um sonho que tem passado de geração em geração, homenageando Francisco Ferreira, mais conhecido como Pôpa: o seu filho adquiriu parte da propriedade em 2003, mas hoje são os seus netos – Stéphane e Vanessa Ferreira – que estão nos comandos da Quinta do Pôpa, com o objectivo de produzir vinhos de homenagem.
Desde que deram o salto e deixaram de ser um “projecto para a família” para ser um “projecto de família”, corria o ano de 2010, a Quinta do Pôpa tem vindo a ganhar terreno e notoriedade acrescida. A marca ‘Pôpa’ é já um valor acrescentado no mundo vínico. E por falar em família, a pedido de muitas – enófilas, com certeza –, enceta-se uma nova referência: o ‘Pôpa rosé’. O rosado, de 2015, estreia-se no pico do Verão, mas não vem sozinho; faz-se acompanhar da nova colheita do branco, igualmente de 2015. Tinta Roriz e Touriga Nacional dão corpo ao ‘Pôpa rosé 2015’, um vinho de cor rosa pálido que prima pela baixa graduação (12%), o que joga a seu favor porque o torna bastante polivalente no consumo. A fruta vermelha fresca, a lembrar morango e framboesa, destaca-se no aroma. A harmonia na boca é evidente ao primeiro impacto. Apresenta um corpo ligeiramente gordo, com algum volume e tanino suave, mas a boa acidez imprime-lhe frescura e elegância. O final de boca é cheio de fruta. Disponível nas habituais garrafas de 750ml (cerca de 2500), existe também na versão magnum, sendo que de litro e meio foram engarrafadas apenas 100 exemplares. O ‘Pôpa branco 2015’ é um vinho gastronómico, fresco e com corpo. A sua estrutura e complexidade advém do estágio parcial em madeira: 35% do lote durante 76 dias em barricas de carvalho francês. Feito de castas típicas do Douro – Viosinho (35%), Gouveio (25%), Rabigato (15%) e Folgazão (25%) –, plantadas numa zona alta e fresca, é um branco com grande expressão aromática a frutos tropicais. Sobressai o ananás, seguido de melão maduro e, no final, um toque floral. Com volume e untuosidade, na boca destaca-se a frescura e vivacidade, características conferidas pela boa acidez. Por menos de dez euros a garrafa standard (também em magnum), sugere boa maridagem com peixes gordos e bacalhau assado.
Sob a marca ‘Pôpa’, o novo rosé e o branco integram juntamente com o ‘Pôpa tinto’ a gama Selection. São vinhos que reflectem um novo Douro: mais elegante e equilibrado. Tendo como premissa o facto de os vinhos da Quinta do Pôpa serem “Vinhos de Homenagem”, aqui o tributo é à “Família”. Actualmente são três, mas ainda este ano vão passar a ser cinco, os vinhos de “Homenagem à Família Pôpa”. Em modo de preparação estão um branco e um tinto, ambos reserva.