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Salvar uma Tartaruga de cada vez...

Nuno Melo não é só o homem por trás do Brunch Electronik. No meio de todos aquelas batidas está um homem que nos últimos anos tem lutado dia após dia para salvar uma tartaruga de cada vez. Podem até estar a pensar o que é que uma coisa tem a ver com outra, mas lembram-se de em 2015, quando o Brunch (na altura Picnik Electronik) surgiu, o sistema de copos reutilizáveis? Pois bem, Nuno agarrou na ideia e fundou a Re-Cup.


A expansão foi logo imediata e do pequeno Brunch, seguiram-se festivais de música de grande dimensão, como é o caso do Super Bock Super Rock, NOS Primavera Sound, MEO Susoeste e Paredes de Coura. Mas como é que isto tudo funciona e como se salvam as tartarugas? Pois bem, a ideia é simples, cada vez que pedimos uma bebida num festival em vez de nos darem um copo de plástico descartável, que inevitavelmente vai parar ao chão, a Re-Cup "vende-nos" um copo reutilizável que é trocado por um novo sempre que uma bebida nova é pedida. O copo reutilizável tem por norma um valor de caução que varia entre 1 a 2€, devolvidos após entrega do mesmo. Isto faz com que em vez de o atirarmos ao chão, o conservemos connosco até à saída, altura qual faremos a troca do mesmo pelo nosso dinheiro. Tão simples quanto isto. Quanto às tartarugas, a história é de simbolismos, não deixando de ser real. Menos plástico a poluir, mais feliz fica a natureza.


A ideia tem sido um sucesso e no último NOS Primavera Sound estima-se que cerca de 300 mil copos foram retirados do chão, mantendo assim o parque da cidade livre da poluição. Este ano até o Out Jazz aderiu à Re-Cup, poupando assim imenso trabalho na limpeza dos locais e ajudando o meio ambiente. Festivais como o EDP Cool Jazz e a festa de encerramento das Festas de Lisboa também já aderiram as esta ideia onde todos ficam a ganhar. Por sua vez os copos também são desenhados à medida de cada evento, o que faz as delicias dos colecionadores, podendo sempre ser reutilizados as vezes que quisermos em casa. 


Pode até parecer uma ideia óbvia, mas alguém tinha de a por em ação. O nosso desejo é que rapidamente todos os concertos, festivais e recintos desportivos adiram a esta iniciativa, pois nunca foi tão fácil ajudar o meio ambiente.