Pages

Até para o ano, Super Bock Super Rock

Foram três dias de boa música. Três dias onde as crenças e os credos se depositaram todos nos artistas que tocaram ao vivo naquele que para nós é o festival mais urbano e consensual de Lisboa. Para artistas diversos, um publico diverso. Isto é o Super Bock Super Rock, que este ano decorreu de 13 a 15 de julho, no Parque das Nações e que para o ano regressa ao mesmo local de 19 a 21 de julho.


Num primeiro dia esgotado, destacou-se sem sombra de dúvida a brilhante atuação dos Red Hot Chili Peppers, que apesar de saber a pouco, foi intensa e cheia de bons "riffs" de baixo e de guitarra. Mas não só, no primeiro dia também brilharam uma panóplia interessante de artistas lusitanos nas diversas áreas musicais. Capitão Fausto trouxeram o seu Indie Rock ao palco principal e aqueceram o público para o cabeça de cartaz. The Legendary Tigerman e o seu rock explosivo quase deitaram abaixo o palco EDP. Throes + The Shine trouxeram a ginga e os beats de África ao palco LG by SBSR.fm, deixando os muitos que assistiram ao seu concerto em pleno delírio. Para terminar o dia em beleza Xinobi e Moullinex mostraram toda a sua arte nos sintetizadores no palco Carlsberg.





Num segundo dia mais morno, o Hip-Hop foi chamado aos palcos e não os deixou ficar mal. Como cabeça de cartaz estava Future, mas a grande estrela do dia foi sem dúvida Slow-J, que no palco EDP, cantou as suas rimas em uníssono com um público sedento das suas músicas. Uma verdadeira apoteose de um artista que ainda vai dar muito (mais) que falar. London Grammar eram uma espécie de outsiders do cartaz, mas cumpriram com o esperado. Concerto bem estruturado, intimismo, pecou apenas pela pouca adesão num tão grande MEO Arena. Akua Naru cantou e encantou com a sua sexy soul music. Uma voz fantástica num ambiente onde o amor pairava no ar. Ponto fraco da noite para o projeto Língua Franca, que tem tudo para ser um êxito mas não o soube mostrar em palco.





Para rematar três dias de boa música em beleza, o MEO Arena quase que veio abaixo. Foster The People, Deftones e Fatboy Slim foram os responsáveis por tal feito em três concertos que quem assistiu dificilmente se vai esquecer deles tão depressa. Garra, entrega e uma energia contagiante é o que define estes artistas tão diferentes, mas com a paixão comum e intensa pela música. No palco EDP os destaques vão para a brilhante atuação de Silva e de Seu Jorge, que além de bom músico mostrou também a sua capacidade de contador de histórias, entretendo um público que não arredou pé. De destacar também o rock psicadélico dos Black Bombain que começaram a sua atuação bastante bem e terminaram a mesma em modo epopeico.





Três dias que passaram a correr e que por nós voltavam já esta semana. Até para o ano, Super Bock Super Rock.