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O Dj responde - Vahagn

Vahagn Voskerchyan, ou simplesmente Vahagn nasceu na Arménia em 1975 e reside em Lisboa há quase 17 anos. Apaixonado pelas artes, cresceu rodeado de instrumentos musicais e cedo se apercebeu de que o seu futuro passaria pela música. 

Fotografia de Tânia Neves
Começou como co-produtor de programas musicais para televisão no seu país natal, mas cedo deu o salto até à capital portuguesa e em 2000, enquanto finalista do curso de gestão, abriu um dos melhores estúdios de gravação de que há memória, a Music Mob Records. Um pequeno e ambicioso projeto que foi responsável pela edição e divulgação dos Balla, Tora Tora Big Band ou Télépathique. De há 10 anos para cá foi seduzido pelas cabines de Dj, tendo sido residente em clubes e bares como o Frágil, o Lounge, o Music Box, ou o Estado Líquido. Como cabecilha de “La Vendetta” trouxe-nos Idjut Boys, Putch 79, Prins Thomas, InFlagranti e Muallem. Atualmente dedicado quase exclusivamente às produções musicais, arranjou tempo para estar presente na primeira edição do Brunch Electronik Lisboa e de trocar umas palavras connosco.

- O que é para ti ser Dj e como defines essa palavra?


Para mim isso de ser Dj não é nada, é algo que não existe, não o sou e não me identifico nesse grupo, passo música mas podia ser carroceiro ou algo assim.

- Qual a tua reação quando foste convidado a fazer parte do cartaz do Brunch Electronik Lisboa, o que achas deste conceito?


Acho que é um conceito incrível, muito profissional e melhor que no ano passado. Fiquei feliz com o convite porque gosto de fazer parte de conceitos novos com grande margem de crescimento e isso vai acontecer, este ínicio é apenas um "scratch in the surface", para o ano o Brunch vai estar na boca de todos.

- Tocar ao ar livre e de dia é muito diferente do que tocar à noite num Club. Qual a principal diferença e como preparaste o set que vais tocar hoje?


Eu nunca preparo um set, a minha cena é pés na areia. Meto o primeiro som e depois logo vejo às vezes corre bem, outras corre mal, but i really don't give a fuck.

- Como é que achas que está o panorama da música eletrónica a nível mundial?


Muito sinceramente está uma merda. Adorava que estivesse melhor, mas mesmo em Londres e em Berlim as coisas estão uma merda, enfim, pode ser que melhore. Faz-se música só pelo guito e não pelo amor à cena o que torna as coisas uma seca e super desinteressantes.

- Imagina que te convidavam a fazer o line-up de uma das festas do Brunch Electronik Lisboa, quem escolherias e porque?

Epah escolheria o Frank Zappa porque está morto. Agora a sério, Gerd Janson.