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Super Bock Super Rock - Massive Attack & Young Fathers

Se existem bandas icónicas na música alternativa, os Massive Attack estão no topo da lista. Quem não se lembra do tele-disco de "Teardrop" datado de 1998 e com a magnifica voz de Elizabeth Fraser? Nas coisas da música, as histórias que valem a pena notar são aquelas que contam a qualidade do saber fazer e isto é muito mais do que uma espécie de compêndio contabilístico onde cabem volumes gordos de edições e mil e um concertos realizados no mundo inteiro. 


Os Massive Attack são gigantes e, para tal, nos seus mais de 25 anos de carreira, não precisaram de lançar mais do que cinco álbuns. Neles, corre um oceano de géneros, pautados por uma eletrónica inebriante, incomparavelmente hipnótica, a que alguém, um dia, nos tempos dos primeiros discos, resolveu chamar de trip hop. Da escura cidade de Bristol, "3D" (Robert Del Naja) e "Daddy G" (Grant Marshall), carregam a paternidade de um estilo que abraça elementos do jazz, soul e hip-hop, e onde a melodia serpenteia num jeito contagiante. Entre 91 e 94 editaram os históricos “Blue Lines", “Protection” e “Mezzanine”, discos com colaborações de peso como Tracey Thorn - da dupla Everything But the Girl - ou Elizabeth Fraser, dos Cocteau Twins. Em 2003 saiu “100th Window” e só 7 anos depois, o último, “Heligoland”. Os Massive Attack estão de volta com um novo EP, “Ritual Spirit”. O registo conta com o regresso de Tricky, voz do tema “Take It Here” (com vídeo já lançado), além de colaborações do grupo Young Fathers (“Voodoo In M Blood”) que estarão também eles presentes em palco, do rapper Roots Manuva (em “Dead Editors”) e do novato Azekel (na canção “Ritual Spirit”). 


Sendo ou não conhecedor do seu reportório, é sem dúvida dos concertos obrigatórios. Atuam no Palco Super Bock no segundo dia do festival, a 15 de julho. Os bilhetes já estão à venda e têm um valor diário de 50€, ou de 95€ para os três dias (não inclui transportes nem campismo). A não perder.