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Leituras - "A Viúva Negra"

Ler alimenta a alma e por vezes um bom livro faz com que consigamos fantasiar e viver a história como se fossemos o personagem principal. Cabe ao escritor a capacidade de nos envolver na sua trama ou no seu drama, mas este fator não é comum a todos os que escrevem livros. Daniel Silva tem nome português, mas é americano de gema. Bem, na realidade é filho de açorianos emigrantes em Massachusetts, é escritor e acaba de lançar mais um livro de espionagem que promete ser mais um best-seller nas livrarias.



Daniel tornou-se escritor de romances de espionagem, sendo reconhecido mundialmente pelos livros publicados. Trabalhou na CNN, em Washington, como produtor executivo e foi correspondente no Médio Oriente para esta cadeia de televisão, fazendo a cobertura jornalística dos conflitos desta região. Em 1994, começou a sua carreira como autor de livros de espionagem. Os seus livros são best sellers e estão frequentemente no topo da lista de ficção do New York Times, como é exemplo “As Regras de Moscovo” (“Moscow Rules”) lançado em 2008, que entrou diretamente para o primeiro lugar da lista. Alguns dos seus livros já foram adaptados para a televisão e até a Universal Pictures comprou direitos sobre as suas obras. Desde que lançou a sua primeira obra em 1996 “O Espião Improvável” (“The Unlikely Spy”), nunca mais parou, tendo até à data lançado mais de quinze títulos, publicados em mais de trinta países.


Desta vez apresenta-nos a "A Viúva Negra" ("The Black Widow"), um jogo letal cujo objetivo é a vingança e onde a história anda à volta do lendário espião e restaurador de arte Gabriel Allon que está prestes a tornar-se chefe dos serviços secretos israelitas. Porém, em vésperas da promoção, os acontecimentos parecem confabular para o atrair para uma última operação no terreno. O ISIS fez explodir uma enorme bomba no distrito do Marais, em Paris, e um governo francês desesperado quer que Gabriel elimine o homem responsável antes que este ataque novamente. Chamam-lhe Saladino, um cérebro terrorista cuja ambição é tão grandiosa quanto o seu nome de guerra, um homem tão esquivo que nem a sua nacionalidade é conhecida. Escudada por um sofisticado software de encriptação, a sua rede comunica em total segredo, mantendo o Ocidente às escuras quanto aos seus planos e não deixando outra opção a Gabriel senão infiltrar uma agente no mais perigoso grupo terrorista que o mundo algum dia conheceu. Trata-se de uma extraordinária jovem médica, tão corajosa quanto bonita. Às ordens de Gabriel, faz-se passar por uma recruta do ISIS à espera do momento de agir, uma bomba-relógio, uma viúva negra sedenta de sangue. Uma arriscada missão leva-a dos agitados subúrbios de Paris à ilha de Santorini e ao brutal mundo do novo califado do Estado Islâmico e, eventualmente, até Washington, onde o implacável Saladino planeia uma noite apocalíptica de terror que alterará o curso da história.

"A Viúva Negra" é um thriller fascinante vivido na atualidade e que nos cativa logo desde as primeiras páginas. Mas é também uma viagem ponderada até ao novo coração das trevas que persegue os leitores muito depois de terem virado a última página. A não perder.